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MUNDO

Gaza: tumulto em distribuição de alimentos deixa 5 mortos e 30 feridos

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População palestina se desloca na Faixa de Gaza
Divulgação/UNRWA

População palestina se desloca na Faixa de Gaza

Cinco palestinos morreram na manhã de sábado (30) e 30 ficaram feridos durante uma distribuição de alimentos na Faixa de Gaza, onde ocorre o conflito entre Israel e Hamas.

De acordo com o Crescente Vermelho Palestino, três dos cinco mortos foram atingidos por tiros.

À AFP, testemunhas afirmaram que os membros dos “comitês de proteção”, que supervisionam a distribuição da ajuda, atiraram para o alto e feriram várias pessoas. Outras vítimas foram atropeladas pelos caminhões.

Até o momento, o Exército israelense não se manifetou sobre o ocorrido. Autoridades do Hamas informaram que, nas últimas 24 horas, 82 pessoas morreram durante os bombardeios de Israel no enclave.

Crise humanitária

A crise humanitária no norte de Gaza tem atingido proporções cada vez maiores após os avanços militares de Israel em resposta ao ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro, que desencadearam o conflito.

Israel prometeu “aniquilar” o Hamas após o atentado, que deixou 1.160 mortos, a maioria civis, segundo dados divulgados pelas autoridades israelenses. Além disso, mais de 250 pessoas foram sequestradas e 130 delas continuam como reféns em Gaza, incluindo 34 que teriam sido mortas, segundo Israel.

Em resposta, o exército israelense iniciou uma ofensiva em Gaza que deixou pelo menos 32.705 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

O número de feridos em ambos os lados da guerra supera 75 mil. Além disso, o total de vítimas mortas não abrange os mais de 8 mil corpos que as autoridades locais estimam estarem ainda sob os escombros.

Para além dos bombardeios, a fome também tem impactado diretamente a vida da população que se encontra no enclave. A maioria dos 2,4 milhões de habitantes estão à beira da fome, diz a ONU.

A Classificação da Fase de Segurança Alimentar Integrada (IPC) calculou que o grau mais elevado de fome, chamado de “fome catastrófica”, pode alcançar 1,1 milhão de pessoas na Faixa de Gaza entre 16 de março e 15 de julho de 2024, o equivalente a 50% da população local.

Os dados estão em relatório publicado no dia 18 de março. O estudo anterior do IPC, publicado em dezembro de 2023, calculou que 677 mil pessoas, ou 30% da população de Gaza, estaria na fase mais crítica da fome entre fevereiro e março de 2024.

Cessar-fogo

O Hamas quanto o governo de Israel trocam acusações sobre a estagnação das conversas para uma trégua no território palestino. Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “aprovou um novo ciclo de conversações nos próximos dias, em Doha e no Cairo […] para avançar”, anunciou seu gabinete.

Várias reuniões para negociações foram organizadas pelos mediadores internacionais do conflito – Egito, Catar e Estados Unidos – mas todas sem sucesso.

Apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige um cessar-fogo, os combates continuam destruindo o enclave palestino e colocando a vida de todos os presentes em risco.

Também neste sábado, o exército israelense anunciou que bombardeou e invadiu dezenas de alvos no centro de Gaza, alguns deles sendo grandes unidades hospitalares. O argumento é de que os hospitais seriam usados como esconderijo pelos rebeldes do Hamas.

Já o grupo militante afirmou que “casas” foram atingidas e citou disparos de artilharia ao norte e ao sul do território.

ONU ordena que Israel garanta assistência à Faixa de Gaza

Além disso, Israel supervisiona e controla a entrada de ajuda humanitária em Gaza que chega de maneira muito restrita ao território palestino. Na quinta-feira (28), a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o principal tribunal da ONU, determinou que Israel deve garantir “sem demora” a entrega de “ajuda humanitária urgente” a Gaza.

Israel deve “permitir à UNRWA chegar ao norte da Faixa de Gaza com comboios de alimentos (…) diariamente e abrir outras passagens terrestres”, afirmou o diretor da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, Philippe Lazzarini.

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Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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