10 funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) morreram na Faixa de Gaza nas últimas 72 horas, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (30). Com isso, o número de funcionários da UNRWA mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas subiu para 63.
Pelos menos outros 22 trabalhadores da agência ficaram feridos. A maioria dos funcionários da ONU na Faixa de Gaza são locais, ou seja, palestinos que também foram deslocados de suas casas e também sentem o impacto da guerra em suas vidas cotidianas e de suas famílias.
Segundo o relatório desta segunda-feira, 672 mil pessoas deslocadas internamente na Faixa de Gaza estão abrigadas em 149 instalações da UNRWA. Desde o início da guerra, cerca de 1,4 milhão de palestinos deixaram suas casas no norte da região, onde Israel realiza ataques terrestres.
“Com a assistência disponível muito limitada e os abrigos sobrecarregados, há relatos de tensões crescentes entre as comunidades deslocadas. Foram relatadas várias invasões a armazéns e centros de distribuição da UNRWA, com apreensão de produtos alimentares e não alimentares”, diz o relatório.
A agência da ONU volta a afirmar que a ajuda humanitária que conseguiu entrar em Gaza é insuficiente “para cobrir as necessidades mais básicas dos deslocados internos e das comunidades de acolhimento”. Além disso, a UNRWA afirma que mais palestinos estão chegando aos centros de acolhimento, mas a superlotação está fazendo com que pessoas durmam nas ruas.
“A superlotação continua a criar graves problemas de saúde e proteção para os deslocados internos, e também está gerando um forte impacto na sua saúde mental. O número médio de deslocados internos por abrigo atingiu quase quatro vezes a capacidade pretendida”, diz a agência.