10 funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) morreram na Faixa de Gaza nas últimas 72 horas, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (30). Com isso, o número de funcionários da UNRWA mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas subiu para 63.
Pelos menos outros 22 trabalhadores da agência ficaram feridos. A maioria dos funcionários da ONU na Faixa de Gaza são locais, ou seja, palestinos que também foram deslocados de suas casas e também sentem o impacto da guerra em suas vidas cotidianas e de suas famílias.
Segundo o relatório desta segunda-feira, 672 mil pessoas deslocadas internamente na Faixa de Gaza estão abrigadas em 149 instalações da UNRWA. Desde o início da guerra, cerca de 1,4 milhão de palestinos deixaram suas casas no norte da região, onde Israel realiza ataques terrestres.
“Com a assistência disponível muito limitada e os abrigos sobrecarregados, há relatos de tensões crescentes entre as comunidades deslocadas. Foram relatadas várias invasões a armazéns e centros de distribuição da UNRWA, com apreensão de produtos alimentares e não alimentares”, diz o relatório.
A agência da ONU volta a afirmar que a ajuda humanitária que conseguiu entrar em Gaza é insuficiente “para cobrir as necessidades mais básicas dos deslocados internos e das comunidades de acolhimento”. Além disso, a UNRWA afirma que mais palestinos estão chegando aos centros de acolhimento, mas a superlotação está fazendo com que pessoas durmam nas ruas.
“A superlotação continua a criar graves problemas de saúde e proteção para os deslocados internos, e também está gerando um forte impacto na sua saúde mental. O número médio de deslocados internos por abrigo atingiu quase quatro vezes a capacidade pretendida”, diz a agência.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.