A lista contempla 490 cidadãos de diversas nacionalidades, muitos deles com cidadania dupla (palestina e estrangeira). O país que vai resgatar mais pessoas é a Jordânia, que tem 281 autorizados a deixarem Gaza.
O Brasil não está contemplado nesta primeira lista . Cerca de 30 brasileiros aguardam em cidades ao sul da Faixa de Gaza para deixarem a região, enquanto um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) espera no Cairo, capital do Egito, para fazer a repatriação quando possível.
Além da Jordânia, cidadãos do Japão, Áustria, Bulgária, Indonésia, Austrália, República Tcheca e Finlândia podem deixar a Faixa de Gaza.
A lista também libera a saída de agentes humanitários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, de ONGs de várias partes do mundo (Médicos sem Fronteiras, Premiere Urgence Internationale, Palestine Children’s Relief Fund, International Medical Corps, Mercy Corps, The Lutheran World Federation, Catholic Relief Services, Action Against Hunger e Cooperazione Internazionale Sud-Sud) e de agências da ONU, além de 1 pessoa do consulado italiano (que está na mesma lista da ONU).
Confira abaixo o número de pessoas liberadas em cada país. Os valores são totais e englobam tanto cidadãos estrangeiros quanto pessoas com dupla cidadania e palestinos que serão resgatados por outros países.
Um grupo de cerca de 30 brasileiros aguarda nas cidades de Khan Yunis e Rafah, próximas à fronteira com o Egito (veja mapa abaixo). À medida que a guerra avança, mesmo essas cidades, no sul da Faixa de Gaza, enfrentam falta de água, alimentos e itens básicos, além de serem bombardeadas por Israel.
“Estamos lutando para que os brasileiros não sejam afetados pela catástrofe humanitária que assola Gaza. Alugamos casas e conseguimos enviar recursos para que comprem alimentos, água, gás e remédios no precário mercado local. Estamos oferecendo apoio de psicóloga e médico a distância. Infelizmente, as perspectivas são de rápida degradação das condições de vida e segurança. Os brasileiros têm que ser autorizados a sair o mais rápido possível pelas partes envolvidas, para retornarem a salvo ao Brasil”, disse, na segunda-feira (30), o embaixador Alessandro Candeas.