Nesta sexta-feira (12), a ONG Save The Children divulgou uma pesquisa que aponta que mais de 10 mil crianças morreram nos ataques na Faixa de Gaza desde o início do conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, em 7 de outubro.
“De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 10 mil crianças foram mortas por ataques aéreos israelenses e operações terrestres em Gaza em quase 100 dias de violência, com milhares de desaparecidos, presumivelmente enterrados sob os escombros”, diz o comunicado.
Segundo a Save the Children, o número de mortos equivale a 1% da população infantil palestina. Ainda segundo a organização, as crianças que sobreviveram à violência “estão a suportar horrores indescritíveis, incluindo ferimentos potencialmente fatais, queimaduras, doenças, cuidados médicos inadequados e a perda dos pais e de outros entes queridos”.
A ONG também destacou que os pequenos em Gaza “foram forçados a fugir da violência, muitas vezes repetidamente, sem um lugar seguro para ir, e a enfrentar o terror de um futuro incerto”.
Os números chocantes aparecem um século após a primeira declaração dos direitos universais das crianças, a Declaração de Genebra dos Direitos da Criança, lançada formalmente em 1924. Segundo o levantamento da Save The Children, o índice de morte de crianças em Gaza é o maior desde a Segunda Guerra Mundial.
A Declaração defende as primeiras vítimas das consequências de uma guerra ou em tempos de dificuldades são as crianças. Ao mesmo tempo, elas devem ser as primeiras a receber ajuda. De acordo com o documento, toda criança tem direito a cuidados e ao ‘desenvolvimento normal, tanto psíquica como espiritualmente’. A Declaração deveria ser aplicada a todas as crianças “independentemente de raça, nacionalidade ou credo”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.