A agência de notícias palestina Wafa disse que um dos seus jornalistas, Muhammad Abu Hasira, foi morto com 42 familiares, incluindo seus filhos e irmãos, depois que Israel bombardeou suas casas na Cidade de Gaza.
A Wafa também informou que outro jornalista, Muhammad Hamouda, foi ferido há poucos dias ao lado de sua esposa, que perdeu o olho esquerdo, e do filho de 22 anos, Ahmed, cuja perna teve de ser amputada.
Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede nos EUA, ao menos 37 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos e oito ficaram feridos desde o início do conflito.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram às agências de notícias Reuters e Agence France Press que não poderiam garantir a segurança de seus jornalistas que operam na Faixa de Gaza, depois de terem buscado garantias de que seus profissionais não seriam alvo de ataques israelenses.
Segundo o CPJ, até 7 de novembro:
37 jornalistas e trabalhadores da mídia foram confirmados como mortos: 32 palestinos, 4 israelenses e 1 libanês.
8 jornalistas ficaram feridos.
3 jornalistas foram dados como desaparecidos.
8 jornalistas foram presos.
Múltiplas agressões, ameaças, ataques cibernéticos, censura e assassinatos de familiares.
O CPJ também está investigando numerosos relatos não confirmados de outros jornalistas mortos, desaparecidos, detidos, feridos ou ameaçados, e de danos a escritórios de mídia e residências de jornalistas.
“O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo de partes em conflito”, disse Sherif Mansour, coordenador do programa do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África.
“Os jornalistas de toda a região estão a fazer grandes sacrifícios para cobrir este conflito doloroso. Os que estão em Gaza, em particular, pagaram, e continuam a pagar, um preço sem precedentes e enfrentam ameaças exponenciais. Muitos perderam colegas, familiares e meios de comunicação social e fugiram em busca de segurança quando não há porto ou saída segura.”