O Arcebispo Hosam Naoum disse nesta quarta-feira (18) que o Hospital Árabe al-Ahli recebeu avisos por telefone para evacuar no sábado, domingo e segunda-feira. O hospital foi bombardeado nesta terça-feira (17), deixando 471 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Além de 314 feridos, dos quais 28 estão em estado gravíssimo.
“Não somos militares para decidir, não somos jornalistas para analisar, não somos políticos para decidir, o que estamos dizendo aqui é que o que aconteceu no hospital é um crime, é um massacre”, disse Naoum.
Discursando ao lado dos Patriarcas e Chefes das Igrejas em Jerusalém, Naoum não quis declarar quem fez esses avisos.
A autoria do ataque permanece desconhecida. Enquanto o Hamas acusa Israel, o país hebreu diz não ter relação com o massacre e responsabiliza a Jihad Islâmica, que também nega.
O Hospital Batista Al-Ahly Arab era o mais antigo da região, fundado em 1882 e ficava localizado no centro da Cidade de Gaza.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou três dias de luto, conforme relatado pela agência oficial Wafa. Facções políticas também convocaram o fechamento de estabelecimentos como forma de protesto.
A Faixa de Gaza é alvo de Israel desde o começo dos ataques do Hamas, em 7 de outubro. A ação deixou mais de 1,4 mil mortos, em sua maioria civis. Enquanto isso, os hospitais enfrentam dificuldades para atender os feridos em todo o território, operando com escassez de eletricidade e água.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.