Negociadores do Hamas deixaram o Cairo, no Egito, nesta quinta-feira (7), após dias de reuniões sem nenhum avanço nas propostas para um cessar-fogo em Gaza em troca da libertação de reféns.
De acordo com o noticiário estatal egípcio Al Qahera, a delegação deixou o Egito para avaliar as sugestões e que as reuniões para um acordo devem ser retomadas na próxima semana.
“A delegação do Hamas deixou o Cairo hoje para consultar a liderança do movimento, enquanto as negociações e os esforços continuam para parar a agressão, devolver os deslocados e levar ajuda humanitária ao nosso povo palestino”, afirmou o Hamas num comunicado.
Pontos críticos da negociação
Representantes do Hamas já afirmaram que irão insistir no cessar-fogo permanente como uma condição para a libertação dos reféns. Na quarta (6), o grupo militante afirmou, em comunicado, que continuará a trabalhar por um cessar-fogo na faixa de Gaza, mesmo com a ausência dos representantes israelenses na última rodada de negociações no Cairo.
Na terça-feira (5), em Beirute, Osama Hamdan, membro do Hamas, reforçou as principais exigências grupo: o fim da ofensiva militar israelense, a saída das forças israelenses e o regresso às suas casas de todos os habitantes de Gaza, que foram forçados a se deslocar.
“A segurança e a proteção do nosso povo só serão alcançadas com um cessar-fogo permanente, o fim da agressão e a desocupação de cada centímetro da Faixa de Gaza”, disse Hamdan aos jornalistas em Beirute.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.