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Gaza: ataques a hospitais travam saída de brasileiros pela fronteira

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Reprodução: Governo Federal
Brasileiros em Gaza

Grupo de 24 brasileiros, 7 palestinos com residência no país e 3 parentes , seguem aguardando a reabertura da fronteira com o Egito neste sábado (11). O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, afirmou hoje, que a passagem de Rafah, que liga Gaza ao território egípcio, permanece fechada.

Segundo Candeas, para a passagem ser reaberta, é necessário um de comboio de ambulâncias. No entanto, até esta manhã, não há previsão para deslocamento desses veículos, pois hospitais estão sendo atacados e cercados, portanto, não torna-se inviável a transferência de feridos do Norte para o Sul.

Os brasileiros e familiares entraram na 7ª lista de estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, e embarcariam em um avião presidencial, fornecido pela Força Aérea Brasileira (FAB) que os aguarda em Cairo, capital do Egito. Eles se locomoveram até a fronteira, mas ela não foi aberta novamente. Apenas duas ambulâncias com feridos conseguiram cruzar a passagem na sexta (10).

“Se ambulâncias puderem sair, os estrangeiros também sairão, inclusive nossos brasileiros. Estamos todos mobilizados. Assim que sair a notícia da abertura da fronteira, levaremos em poucos minutos todos de novo para lá”, informou Candeas.

A Embaixada de Israel no Brasil emitiu uma nota na sexta-feira (10) dizendo que, “apesar dos muitos esforços de Israel e do Brasil, o Hamas impediu hoje a abertura da passagem de Rafah e impediu que os cidadãos brasileiros saíssem da Faixa de Gaza”.


Hospitais em Gaza

Neste sábado (11), o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al-Qidra afirmou que as operações no hospital Al Shifa, o maior na região do conflito, foram suspensas pela escassez de combustível .

“Como resultado, um recém-nascido morreu dentro da incubadora, onde há 45 bebês”, declarou Al-Qidra.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, relatou na ONU que “o sistema de saúde está de joelhos”, acrescentando que mais da metade dos hospitais de Gaza não estão funcionando e que o restante está acima da capacidade. Segundo o diretor da OMS, a superlotação das unidades de saúde aumenta os riscos de doenças diarreicas, respiratórias e infecções.

O conflito entre Israel e Hamas, que ocorre desde o dia 7 de outubro , já deixou mais de 12.400 vítimas. Somente em Gaza, os mortos somam 11.078. Em Israel, são 1.200 vítimas, segundo as autoridades israelenses.

Fonte: Internacional

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