Um armazém de ajuda humanitária da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) em Rafah, no sul de Gaza, foi ‘atingido’ nesta quarta-feira (13). Cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave, conforme informado pela agência al-Jazeera e o Times of Israel.
“Podemos confirmar que um armazém e centro de distribuição da UNRWA em Rafah (sul de Gaza) foi atingido”, afirmou a porta-voz da agência, Juliette Touma, à AFP. Ela acrescentou que houve “dezenas de feridos”, mas que ainda não há mais “informações sobre o que aconteceu exatamente, nem sobre o número de funcionários da UNRWA afetados.”
De acordo com Touma, a instalação era utilizada pela UNRWA “para distribuir alimentos muito necessários e outros itens que salvam vidas para as pessoas deslocadas no sul de Gaza.”
Até a publicação desta reportagem, as Forças Armadas de Israel não comentaram o caso.
De acordo com a UNRWA, desde o início do conflito em 7 de outubro, cerca de 157 instalações foram danificadas por ataques israelenses. Além disso, desde o último levantamento em 4 e março, foram contabilizados 162 funcionários da ONU mortos.
A cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito, tem sido o refúgio de mais da metade metade dos palestinos que se deslocaram de suas casas no norte e na área central da Faixa de Gaza, por causa dos combates e sob ordens do Exército de Israel.
Em fevereiro, autoridades israelenses sinalizaram um possível ataque em Rafah, caso não houvesse um acordo com o Hamas até Ramadã, mês sagrado para o povo muçulmano e que teve início neste domingo (10). Até o momento, as negociações seguem obstruídas, e o Catar alertou na terça que a situação continua “muito complicada”.
Crise humanitária
O ataque desta quarta-feira ao armazém de recursos alimentícios acontece quando a crise humanitária em Gaza atinge proporções alarmantes. De acordo com dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), mais de 500 mil pessoas já enfrentam fome ou situações de catástrofe humanitária, enquanto praticamente toda a população de 2,4 milhões de habitantes enfrenta escassez severa de alimentos.
O Ministério da Saúde de Gaza relatou mais de 20 mortes por inanição, com pelo menos metade delas sendo menores de idade.
Desde então, a pressão internacional tem aumentado sobre Israel para resolver a crescente crise humanitária. As Nações Unidas alertaram para o risco iminente de fome se o acesso a alimentos e outras necessidades básicas não for melhorado, especialmente no norte.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.