O governo israelense aprovou, nesta sexta-feira (5), a reabertura de duas passagens que poderão garantir mais ajuda humanitária à população na Faixa de Gaza: a passaagem de Erez, ao norte do território, e o acesso temporário do Porto de Ashdod, ao sul de Israel. Ambas as portas foram fechadas após os ataques do Hamas, em 7 de outubro.
“Israel vai permitir a entrega temporária de ajuda humanitária através de Ashdod e do posto de controle de Erez”, disse o comunicado do gabinete.
Além da reabertura das passagens, foi determinado que mais ajuda entrará no território, saindo da Jordânia e passando por Kerem Shalom.
O governo autorizou o gabinete de guerra a “tomar medidas imediatas para aumentar a ajuda humanitária” com a finalidade de “evitar uma crise humanitária” e “assegurar a continuidade dos combates”.
O anúncio do gabinete de Benjamin Netanyahu veio logo após os Estados Unidos exigirem que Israel permitisse a entrada de mais recursos humanitários em Gaza. Na quinta-feira (4), a Casa Branca exigiu que Israel implementasse “rapidamente e completamente” a entrega de ajuda humanitária a Gaza, prometida pelo primeiro-ministro israelense.
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que a condição para o apoio norte-americano a Israel seria a aplicação de medidas concretas para proteger civis e trabalhadores humanitários em Gaza.
“Estas medidas, que incluem o compromisso de abrir o Porto de Ashdod, a abertura do ponto de passagem de Erez e o aumento significativo nas entregas de ajuda da Jordânia diretamente para Gaza devem agora ser implementadas rapidamente e completamente”, ressaltou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, também em comunicado.
Ainda de acordo com o documento, Biden “deixou claro que a política dos EUA em relação a Gaza será determinada pela nossa avaliação da ação imediata de Israel nestas etapas”.
A mudança da abordagem dos EUA sobre o conflito israelo-palestino se tornou ainda mais concreta após a morte de sete trabalhadores humanitários durante um ataque israelense, que o governo assumiu como um “erro grave”.
Ainda nesta semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que haveria uma mudança na política dos EUA se não houvesse mudanças por parte de Israel.
“Neste momento, não há maior prioridade em Gaza do que proteger os civis, aumentar a ajuda humanitária e garantir a segurança daqueles que a prestam. Israel deve enfrentar este momento”, disse Blinken.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.