Ao menos cinco palestinos morreram e outros 10 ficaram feridos após pacotes de ajuda humanitária lançados do céu caírem sobre eles. O incidente aconteceu nesta sexta-feira (8), no campo de refugiados de al-Shati, a oeste da Cidade de Gaza . As informações foram confirmadas pelo chefe do Departamento de Atendimento de Emergência do Complexo Médico al-Shifa, Muhammad al-Sheikh. Ainda não se sabe qual nação foi responsável pelo envio aéreo.
De acordo com Muhammad al-Sheikh, dois meninos estão entre as vítimas fatais, enquanto a situação de alguns feridos é grave – eles foram transferidos para o hospital Al Shifa. A tragédia teria acontecido após os paraquedas dos pacotes falharem. A modalidade de envio de ajuda humanitária está sendo criticada pela comunidad internacional.
Uma das testemunhas, Mohammed al-Ghoul contou que foi até o lugar com o irmão para tentar ficar com”um pacote de farinha”. “Então, de repente, o paraquedas não abriu e [o carregamento] caiu como um foguete no chão de uma das casas”, disse, em entrevista à AFP.
“Dez minutos depois, vi pessoas transferindo três mártires e outros feridos que estavam no terraço da casa onde os pacotes de ajuda caíram”, continuouo homem de 50 anos. Nas redes sociais, vídeos dos pacotes caindo em alta velocidade foram gravados. Veja abaixo.
Cinco palestinos, incluindo duas crianças, morreram no campo de refugiados de Al-Shati, no norte de Gaza, após a queda descontrolada de vários paletes de ajuda humanitária norte-americana, cujos pára-quedas não abriram corretamente. pic.twitter.com/XQ6PrNjqgf
Desde o último sábado (2), os Estados Unidos passaram a contribuir com o envio de ajuda humanitária para os palestinos. Na ocasião, 38 mil refeições ao longo da costa de Gaza, numa operação combinada com a Jordânia. Outros países também estão participando do movimento.
Já o modelo de envio aereo é criticado por diversos órgãos, incluindo a ONU (Organização das Nações Unidas). “Os trabalhadores humanitários sempre reclamam que os lançamentos aéreos são boas oportunidades para fotos, mas uma péssima maneira de entregar ajuda”, disse Richard Gowan, diretor da ONU do Grupo de Crise Internacional.
Segundo a ONU, depois de quase cinco meses de guerra, cerca de 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população de Gaza, está ameaçada pela fome. Ao todo, mais de 30 mil palestinos morreram desde o início do novo confronto.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.