Treze brasileiros estão alojados em uma escola católica na Faixa de Gaza aguardando o regate para o Brasil. A área é a mesma que Israel deu um prazo de 24 horas para ser esvaziada, em aviso nessa quinta-feira (12), pedindo que moradores deixem suas casas rumo à direção sul.
O porta-voz do Exército de Israel disse que a “evacuação é para a própria segurança” dos habitantes da Faixa de Gaza. A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que o cumprimento da ordem para “realocar” aproximadamente 1,1 milhão de habitantes do norte seria “impossível sem consequências humanitárias devastadoras”, dentro do prazo solicitado.
Os moradores estão sendo instruídos a se mudarem para o sul de Wadi Gaza. Conforme o Google Maps, os brasileiros que estão abrigados na escola Sister Rosary School estão a cerca de 7 quilômetros a pé desse local. De carro, o trajeto é de 9 quilômetros.
A instituição de ensino fica pouco mais de 36 quilômetros da fonteira com o Egito, no ponto onde o governo federal pretende resgatá-los.
Apesar das operações em andamento, a insegurança na região ainda dificulta os resgates. Fontes do Itamaraty informaram que o governo do Egito já tem a documentação dos brasileiros que pretendem deixar o local, mas ainda não houve condições para a liberação do grupo com segurança.
O resgate dos brasileiros em Gaza será feito por um avião presidencial da Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave tem capacidade para 40 passageiros e decolou nessa quinta.
Na quarta (11), o Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, informou que avisaria ao governo de Israel para que a escola não fosse bombardeada, já que os brasileiros estão lá.