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MATO GROSSO

Gaeco de MT e Força Tática da PM prestam apoio à Operação Entrepostos

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Vinte e quatro integrantes da Força Tática da Polícia Militar e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, participaram nesta terça-feira (31) da Operação Entrepostos, deflagrada pelo Gaeco de Mato Grosso do Sul. O apoio reforçou o cumprimento de ordens judiciais no município de Rondonópolis. 

De acordo com informações divulgadas pelo Gaeco/MS, ao todo foram expedidos 33 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão na Capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, em Ponta Porã (MS) e também nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. 

O objetivo da operação foi desmantelar uma organização criminosa armada voltada, principalmente, ao tráfico interestadual de entorpecentes, que contava com uma sofisticada rede de colaboradores na capital sul-mato-grossense, na cidade fronteiriça de Ponta Porã, bem como em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. 

As investigações revelaram que a organização criminosa alvo da operação é especializada na remessa de grandes quantidades de droga (maconha) para outros estados da Federação, sobretudo São Paulo e Minas Gerais. Em sua logística, o grupo criminoso contava com integrantes que exerciam funções diversas. 

Além do gerenciamento e da coordenação da aquisição das cargas de droga nas cidades sul-mato-grossenses situadas na fronteira com o país produtor até o transporte ao destino final, a organização contava também com aqueles que serviam como motoristas das cargas, “batedores”, auxiliares de carga/descarga dos caminhões. Também possuíam em sua estrutura empresários proprietários de transportadoras de cargas, o que viabilizava que os criminosos sempre contratassem o frete de cargas lícitas, como grãos e madeiras, que serviam para ocultar os entorpecentes e dificultar que órgãos de repressão descobrissem tal estratagema em eventual fiscalização nas estradas. 

O trabalho investigativo do Gaeco/MS durou aproximadamente 18 meses e permitiu que nesse período fossem apreendidas pouco mais de 17 toneladas de maconha que pertenciam à organização criminosa, além da prisão em flagrante de 15 de seus membros. 

O nome da operação faz alusão ao fato de que a organização criminosa locava grandes galpões ou barracões em Campo Grande, que serviam de entreposto para o armazenamento temporário das cargas de drogas vindas da cidade fronteiriça de Ponta Porã, sendo que nesses locais ocorria o carregamento e a mescla com a carga lícita nos grandes caminhões de carga que realizavam o transporte para o destino final, que seriam traficantes residentes em outras unidades federativas, como São Paulo e Minas Gerais. 

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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