Os ministros de Relações Exteriores do G7 divulgaram nesta quarta-feira (8) um comunicado no qual pedem “pausas humanitárias” na Faixa de Gaza. O documento, porém, não faz apelo por um cessar-fogo.
O grupo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, se reuniu no Japão por dois dias. No comunicado, os ministros defendem o “direito de Israel a defender-se e a seu povo, com base na lei internacional, para evitar a repetição” de ataques como os realizados pelo Hamas no dia 7 de outubro.
“Apoiamos pausas e corredores humanitários para facilitar a ajuda urgentemente necessária, o deslocamento de civis e a libertação dos reféns”, diz o documento, que condena o “aumento da violência extremista dos colonos cometida contra os palestinos”, considerada pelo G7 como “inaceitável” e capaz de “minar a segurança na Cisjordânia e ameaçar as perspectivas de uma paz duradoura” na região.
No comunicado, o G7 ainda pede que o Irã “se abstenha de apoiar o Hamas e de executar mais ações que desestabilizem o Oriente Médio, incluindo o apoio ao Hezbollah libanês e outros atores não estatais, e que utilize sua influência com estes grupos para reduzir as tensões regionais”.
Além de falar sobre o conflito na Faixa de Gaza, o G7 reiterou que “nunca hesitará” em apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia e garantiu o “firme compromisso de apoiar a luta da Ucrânia por sua independência, soberania e integridade territorial nunca hesitará”.
“Apelamos ainda à China para não ajudar a Rússia em sua guerra contra a Ucrânia, para pressionar a Rússia a interromper sua agressão militar e a apoiar uma paz justa e duradoura na Ucrânia”, acrescenta o comunicado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.