Líderes do G7, grupo de países mais industrializados do mundo, estudam confiscar legalmente ativos russos após a última semana de intensos ataques da Rússia na Ucrânia . Desde o início da guerra, eles já bloquearam mais de US$ 300 bilhões da nação russa.
O grupo, composto por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, ainda não confirmou o confisco e nem para onde os ativos seriam destinados, mas há uma especulação que eles seriam encaminhados à Ucrânia, para a reestruturação do país no pós-guerra.
Caso isso aconteça, o Kremlin ameaçou reagir com ativos estrangeiros, que tomaria em represália a qualquer ação parecida do Ocidente.
“Obviamente, estudamos uma resposta possível com antecedência. E atuaremos de forma a atender melhor aos nossos interesses”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, para a agência de notícias estatal Tass.
Ele também afirmou que Moscou estava cogitando uma retaliação devido à “total imprevisibilidade de nossos interlocutores e sua propensão a desrespeitar o direito internacional e outras normas”.
Para o Kremlin, a possibilidade de bloquear os ativos russos é vista como “pura pilhagem”.
Nesta terça-feira, forças russas voltaram a atacar a Ucrânia com mísseis e drones, atingindo residencias e infraestruturas civis em todo o país. Segundo as autoridades ucranianas, ao menos cinco pessoas morreram e 112 ficaram feridas.
Até o momento, a guerra entre Rússia e Ucrânia já deixou mais de 200 mil mortos e 400 mil feridos, segundo uma estimativa realizada pelos oficiais das Forças Armadas dos Estados Unidos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.