As inundações provocadas pela tempestade Daniel – agora com status de furacão – na Líbia oriental deixaram pelo menos 2,3 mil mortos. O balanço foi fornecido nesta terça-feira (12) à agência AFP por Oussama Ali, porta-voz dos Serviços de Emergência do governo de união nacional reconhecido pela ONU e baseado na capital Trípoli.
O órgão enviou uma equipe para Derna, uma das cidades mais afetadas pelas enchentes. Segundo Ali, a tragédia já contabiliza ainda 7 mil feridos, enquanto mais de 5 mil pessoas estão desaparecidas.
No entanto, a imprensa local afirma que o número de falecidos pode passar de 10 mil apenas em Derna, importante cidade da porção oriental da Líbia, que é comandada por um governo paralelo sediado em Sirte.
Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, 10 mil pessoas estão desaparecidas.
Para a porção oriental da Líbia, o fenômeno é uma hecatombe sem precedentes, especialmente na cidade portuária de Derna, com mais de 100 mil habitantes e banhada pelo Mediterrâneo, que aparece em fotos e vídeos dramaticamente submersa pela água.
Em Derna, duas barragens colapsaram, liberando mais de 33 milhões de metros cúbicos de água, gerando enormes inundações.
A região anunciou dois dias de feriado para todos os setores, com exceção de serviços de segurança, sanitários e de emergência. A área, ao leste da Líbia, contém os principais terminais petrolíferos do país.
Apoio internacional
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, enviou “condolências da União Europeia ao povo líbio e disse que as imagens das inundações são “angustiantes”. “A UE está pronta para ajudar os afetados por essa calamidade”, acrescentou.
Nesta terça-feira, o papa Francisco lamentou a “imensa perda de vidas” provocada pelas inundações na Líbia, em um telegrama enviado em nome do pontífice pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ao núncio apostólico no país africano, Savio Hon Tai-Fai.
“O papa Francisco ficou profundamente triste ao saber da imensa perda de vidas e da destruição causadas pelas inundações na parte oriental da Líbia e envia a garantia de suas orações pelas almas dos mortos e por todos aqueles que choram sua perda”, diz o texto.
O líder católico também “expressa de coração a proximidade espiritual aos feridos, àqueles que temem por seus entes queridos e às equipes de resgate”. “O Papa invoca sobre todos os afetados por essa tragédia as bênçãos divinas da consolação, força e perseverança”, conclui o telegrama.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.