O fundador da empresa OceanGate e uma das vítimas da implosão do submarino Titan, Stockton Rush , cedeu uma entrevista no ano passado contando sobre a construção da capsula. Ele admitiu que a estrutura do submersível não era “convencional”, indo contra as recomendações de mistura de materiais.
“Eu quebrei mesmo algumas regras. Mas acho que as quebrei com lógica e boa engenharia. Tem uma regra que diz para não misturar fibra de carbono e titânio, bom, eu misturei”, disse Rush .
Segundo o cientista marinho Gregory Stone, a atitude de Rush colocou em risco vidas na tentativa de avanço da tecnologia, visando levar estruturas maiores para as profundezas do mar.
O Titan possuía um formato cilíndrico e misturava as estrutura de titânio com fibra de carbono, que é mais barata e leve. Nos 60 anos de expedições que ocorreram aos destroços do Titanic , os submersíveis eram esféricos e feito exclusivamente de titânio, o que diminuía a capacidade interna de tripulantes — no máximo duas pessoas.
Alguns especialistas já alertavam sobre o perigo do Titan em 2018, ano de sua construção. Eles avisaram a OceanGate que o submersível não seguia as normas internacionais de segurança, e que poderia resultar em algo catastrófico. Ao todo, a empresa promoveu 14 expedições ao Titanic com o submarino .
A probabilidade é que a câmara de fibra de carbono não tenha aguentado e cedido após tantas viagens. Mas não se sabe ao certo se esse foi o problema. As autoridades estão focadas em encontrar os destroços da capsula para entender o que levou a implosão.
As buscas ainda passarão por entraves, como a dificuldade de conseguir encontrar os vestígios a 3.800 metros de profundidade e pelo acidente ter ocorrido em águas internacionais, sem a jurisprudência de nenhum governo.
O submarino que desapareceu no domingo com cinco pessoas a bordo sofreu uma “implosão catastrófica”, resultando na morte de todos os ocupantes.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.