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Economia

Franquias geram 160 mil novos empregos no Rio no primeiro semestre

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O faturamento do setor de franquias no Rio de Janeiro alcançou R$ 10,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, com alta de 17% em relação a igual período do ano passado, superando, inclusive, o aumento registrado pelo mercado nacional, da ordem de 15%. Em número de operações, o mercado de franquias no território fluminense cresceu 4,1%, atingindo 18.410 novas unidades.

Outro dado que mostra a recuperação do estado como um todo foi a abertura de empregos pelo setor. “Nós tivemos160 mil novos postos de trabalho diretos”. O incremento foi de 15,4% na comparação com o mesmo período de 2022. Em média, são gerados nove empregos por unidade franqueada, o que resulta em 1,444 milhão de empregos indiretos adicionados aos 160 mil diretos, no Rio de Janeiro. “Temos uma recuperação bastante positiva no nosso estado”, disse nesta terça-feira (12) à Agência Brasil o presidente da Associação Brasileira de Franchising seccional Rio de Janeiro (ABF RJ), Clodoaldo Nascimento. 

Em ternos nacionais, o faturamento avançou 15%, passando de R$ 91,432 bilhões para R$ 105,107 bilhões, com total de 1,612 milhão de pessoas empregadas diretamente. Clodoaldo Nascimento destacou que multiplicando esse número pela média de nove empregos gerados por unidade, obtém-se total em torno de 11 milhões de empregos criados pelo franchising no Brasil.

Tendência

O presidente da ABF RJ analisou que a curva de desenvolvimento continua crescendo e que a tendência é positiva. “A tendência é de expansão, até em virtude da estabilidade da economia que começa a ser sinalizada”. Segundo ele, as pessoas estão retomando sua vida social, pós pandemia da covid-19, e começam a sair e viajar para outros destinos. “Tanto é que os segmentos que tiveram mais destaque foram os de hotelaria e turismo, evidenciando essa vontade das pessoas de sair de casa e poder passear.”

Seguem-se os segmentos de saúde, beleza e bem-estar; alimentação e food service (alimentação fora do lar); e moda. “Nós estamos com números hoje bastante superiores à pré-pandemia, inclusive de uma maneira nacional e não só no estado do Rio de Janeiro”. Em termos de faturamento, a expansão no primeiro semestre ficou 25% acima do período pré pandêmico. “Isso nos deixa felizes e mostra, realmente, a força do setor de franquias. No estado do Rio de Janeiro, Nascimento estimou que o aumento em comparação a 2019 deverá ficar entre 12% e 18%. O número ainda não foi consolidado.

Clodoaldo Nascimento afirmou que dentre os estados brasileiros, o Rio de Janeiro é o que vem apresentando o melhor desempenho, o que mostra que não só a capital, mas o interior, têm se mostrado bastante positivos para a abertura de novas franquias e, em consequência, de novos postos de trabalho, melhorando cada vez mais o faturamento. A região metropolitana, a Região dos Lagos e o Sul Fluminense têm atraído muitos empreendedores.

Expo Franchising

O presidente da ABF RJ informou que há franquias acessíveis para todos os bolsos, a partir de R$ 5 mil, para os chamados empreendimentos home based (baseados em casa), até R$ 2 milhões, que são as franquias macro, como lojas âncora de shoppings. O tema será objeto de palestra na 16ª Expo Franchising ABF Rio, feira tradicional do setor, que acontecerá no período de 21 a 23 deste mês, no Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. “A gente tem hoje inúmeras possibilidades para quem está querendo empreender e ser dono do seu próprio negócio, cujo crescimento é organizado”.

A feira trará novidades em termos de conteúdo. Mais de 20 startups (empresas nascentes) vão falar sobre franchising e oferecer ferramentas aos empreendedores. Haverá mentorias, podcasts (material na forma de áudio), onde serão entrevistados não só expositores, mas visitantes; além de palestrantes renomados do mercado, passando informação de como abrir uma franquia, cuidados que devem ser tomados, vantagens de ser um franqueado.

A 16ª Expo Franchising terá mais de 3 mil metros quadrados de área, com mais de 100 marcas de diferentes segmentos em exposição. São esperados mais de 15 mil visitantes. Clodoaldo Nascimento recomendou às pessoas que desejam entrar no setor que “abram aquela franquia com a qual se identificam. Nada melhor do que fazer algo que você goste”.

Na avaliação do governador Cláudio Castro, “os bons resultados demonstram a recuperação do setor e da economia fluminense, além de evidenciar a alta procura das marcas de franquias pelo estado”. Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Farah, o franchising é fundamental não só por movimentar bilhões de reais em investimento e negócios. “O setor gera milhares de postos de trabalho para a população e representa uma excelente oportunidade para quem busca empreender”, afirmou.

Fonte: EBC Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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