A moção de desconfiança “transpartidária” do partido independente LIOT votada na Assembleia Nacional da França não obteve os 287 votos necessários para derrubar o governo de Macron e anular a proposta de reforma. Dos 577 legisladores, 278 votaram a favor.
Desta forma, nove votos ficaram aquém da desconfiança no governo da primeira-ministra Elisabeth Borne, menos da metade do que se pensava ser a “margem de segurança” da maioria.
Após a votação, novos confrontos entre manifestantes e policiais foram registrados perto da Assembleia Nacional e diversos objetos foram arremessados contra os agentes. Em resposta, gás lacrimogêneo foi lançado.
Nos últimos dias, a reforma da previdência proposta por Macron, que adia a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030 e antecipa para 2027 a exigência de contribuição por 43 anos – ante 42 anos – para receber uma aposentadoria integral, provocou uma série de protestos violentos no país.
Segundo pesquisas, dois terços dos franceses são contrários ao plano do presidente, e mais de oito em cada dez pessoas estão insatisfeitas com a decisão do governo de pular uma votação no parlamento.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.