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Agronegócio

FPA: regulamentação dos Fiagros pela CVM amplia oportunidades de financiamento

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou a regulamentação definitiva para os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais, conhecidos como Fiagros. Essa medida é considerada uma conquista importante para a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que vê nos Fiagros uma maneira de aproximar o mercado de capitais do setor agropecuário e oferecer novas oportunidades de financiamento para as atividades do campo.

O deputado Arnaldo Jardim, vice-presidente da bancada agro na Câmara e autor do projeto, ressaltou que a regulamentação traz mais segurança e modernização ao financiamento do setor. Segundo ele, os Fiagros são uma alternativa para que o agro não dependa exclusivamente do Plano Safra, proporcionando fontes de financiamento mais acessíveis e com melhores condições para os produtores rurais.

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion, destacou que os Fiagros representam uma nova oportunidade para atrair investimentos ao campo e gerar mais renda. Ele acredita que a iniciativa será vantajosa tanto para os produtores quanto para investidores, promovendo o crescimento do setor.

No Senado, o vice-presidente da FPA, Zequinha Marinho, também celebrou a regulamentação dos Fiagros, afirmando que a medida trará mais credibilidade e benefícios ao agronegócio brasileiro, setor que tem sido fundamental para a economia nacional.

Apesar da aprovação rápida no Congresso, o projeto sofreu alguns vetos por parte do Governo Federal. Os vetos envolvem questões tributárias que, segundo parlamentares, podem diminuir a atratividade dos Fiagros para investidores. No entanto, a FPA conseguiu negociar a isenção de impostos sobre esses fundos, garantindo mais competitividade ao modelo.

A regulamentação da CVM exige que os Fiagros se adaptem às novas regras até setembro de 2025, seguindo os mesmos prazos de adaptação dos demais fundos de investimento à Resolução CVM 175.

A expectativa é que essas novas regras fortaleçam o setor e facilitem o acesso do agronegócio aos recursos de investidores interessados em fomentar essa cadeia produtiva.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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