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MATO GROSSO

Fórum de Jauru e CRAS se unem no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

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Em uma iniciativa para conscientizar a comunidade sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, o Fórum da Comarca de Jauru, em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), promoveu um evento especial no dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.
 
O evento contou com a participação de crianças e adolescentes atendidos pelo serviço de convivência e fortalecimento de vínculo, ligado ao serviço de Proteção e Atendimento Integrais à Família (PAIF). Palestras e vídeos educativos foram apresentados com o objetivo de informar e conscientizar os jovens sobre os sinais de abuso e assédio sexual, além de destacar a importância de denunciar essas situações.
 
A assistente social, Francisca Evanilda de Águida, e o psicólogo do Bem Viver, Valério Rios Prado, conduziram as palestras, enfatizando a importância de saber identificar uma situação de abuso ou assédio sexual e, principalmente, encorajando as crianças e adolescentes a não se calarem diante desses casos.
 
Durante as apresentações, foram abordados temas como os diferentes tipos de abuso, os sinais de alerta e os procedimentos para denunciar e buscar ajuda. A intenção foi fornecer informações relevantes para buscarem apoio necessário caso soubessem ou vivenciam algum episódio.
 
O magistrado Ítalo Osvaldo Alves da Silva, responsável pela Comarca de Jauru, expressou sua satisfação com a parceria entre o Fórum e o CRAS, ressaltando a importância de unir esforços para proteger as crianças e adolescentes da região contra o abuso e a exploração sexual. Ele enfatizou que a prevenção e a conscientização são ferramentas fundamentais nessa luta e que a colaboração da comunidade é essencial para promover a segurança e o bem-estar dos jovens.
 
A iniciativa do Fórum e do CRAS em realizar esse evento educativo mostra o compromisso e a preocupação das instituições em face do problema do abuso e da exploração sexual. Por meio de ações como essa, espera-se que cada vez mais pessoas sejam conscientizadas sobre a importância de proteger e garantir os direitos das crianças e adolescentes, confiantes para a construção de uma sociedade mais justa e segura para todos.
 
Alcione dos Anjos
Assessoria de Imprensa CGJ-MT
 
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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