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MATO GROSSO

Forças de segurança de MT prendem segundo autor de chacina em Sinop

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A equipe da Delegacia de Sinop cumpriu na manhã desta quinta-feira (23.02) o mandado de prisão temporária contra um dos autores da chacina ocorrida na terça-feira, que vitimou seis adultos e uma adolescente, em um bar da cidade. Duas vítimas eram pai e filha.

Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, estava com a prisão decretada pela 1a Vara Criminal de Sinop após a Polícia Civil identificá-lo como um dos autores dos homicídios. Ele foi preso em uma residência no bairro Jardim Califórnia e está sendo encaminhado à Delegacia de Sinop para interrogatório.

O delegado responsável pela investigação, Bráulio Junqueira, representou à Justiça pelas prisões dos dois autores da chacina. O outro autor, Ezequias Sousa Ribeiro, de 30 anos, morreu na tarde de ontem, em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais. Ele chegou a ser encaminhado ao hospital regional de Sinop, mas não resistiu aos ferimentos.

Desde a data da chacina, as forças de segurança de Sinop se empenharam para localizar os dois autores do crime que abalou a cidade. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar, além do apoio do Ciopaer, foram empregadas para a captura dos dois responsáveis pelos homicídios.

Chacina

Na tarde da terça-feira, 21 de fevereiro, a equipe plantonista da Delegacia de Sinop foi acionada pela PM, que informou a ocorrência de várias mortes, em um bar localizado no Residencial Lisboa. No local, os policiais civis se depararam com seis vítimas já em óbito.

Populares presentes no local informaram que dois homens estavam jogando sinuca com as vítimas e teriam perdido uma quantia significativa de dinheiro. As vítimas teriam zombado da dupla por perder os jogos.

Em certo momento, a dupla deixou o bar em uma camionete branca, e retornou pouco depois, já armada. Um dos homens estava com uma pistola 380 e o outro com uma espingarda calibre 12. O suspeito com a pistola colocou todas as vítimas em uma parede, e o outro chegou disparando contra o grupo junto com o parceiro.

A equipe aguardou a conclusão dos trabalhos da perícia e do IML e depois se deslocou até o hospital regional para saber informações doa vítima Elizeu, que foi socorrida com vida pelo Corpo de Bombeiros, e encaminhada para cirurgia. Por volta das 23h, a Delegacia da Polícia Civil recebeu a informação de que a vítima Elizeu não resistiu aos ferimentos.

O delegado responsável pela investigação, Bráulio Junqueira, ouviu as testemunhas do crime ainda na madrugada de terça para quarta-feira e encaminhou representação à Justiça pelas prisões dos dois autores identificados.

O veículo em que estava a dupla foi localizado no bairro Gente Feliz, em Sinop, na quarta-feira (22). Na caminhonete estava uma das armas usadas nos homicídios, a espingarda calibre 12, além de 12 munições e os carregadores da pistola. O veículo e os materiais encontrados foram encaminhados à Delegacia de Sinop.

Vítimas

As vítimas foram identificadas como L.F.A, de 12 anos; Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos; Adriano Balbinote, de 46 anos; Elizeu Santos da Silva, de 47 anos (morreu no hospital); Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, de 36 anos; Josué Ramos Tenório, de 48 anos; e Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos.

Fonte: GOV MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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