A Oxfam, movimento global contra a desigualdade, publicou um comunicado nesta quarta-feira (25) no qual afirma que a “fome está sendo usada como arma de guerra contra os civis na Faixa de Gaza”.
De acordo com a entidade, que analisou dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a região está tendo acesso a apenas 2% da quantidade habitual de alimentos desde que Israel impôs um cerco total ao território palestino.
Antes do início da guerra, 104 caminhões entregavam alimentos na Faixa de Gaza por dia. Agora, apenas 62 caminhões foram autorizados a entrarem na região nos últimos dias, após duas semanas de bloqueio total. Desses, apenas 30 eram de alimentos, e não exclusivamente.
Além disso, a agência da ONU que atua na Faixa de Gaza (UNRWA) afirma que alguns dos alimentos que chegaram à região, como arroz e lentilha, são inúteis, já que a população não tem água para cozinhá-los.
“A cada dia a situação piora. As crianças estão sofrendo traumas graves devido aos constantes bombardeamentos, a sua água potável está poluída ou racionada e em breve as famílias não vão conseguir alimentá-las também. Quanto mais se espera que os habitantes de Gaza aguentem?”, questiona Sally Abi Khalil, diretora regional da Oxfam para o Oriente Médio.
No comunicado, a Oxfam ainda afirma que a situação na Faixa de Gaza “se enquadra perfeitamente” na proibição internacional do uso da fome como arma de guerra.
“A Oxfam insta o Conselho de Segurança da ONU e os Estados-membros da ONU a agirem imediatamente para evitar que a situação se deteriore ainda mais. E apela a um cessar-fogo imediato, ao acesso irrestrito e equitativo a toda a Faixa de Gaza para a ajuda humanitária e a todos os alimentos, água, medicamentos e fornecimentos de combustível necessários para satisfazer as necessidades da população”, diz a entidade.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.