Nesta sexta-feira (16), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou Vladimir Putin de ter “matado” seu principal opositor, o líder russo Alexei Navalny , em uma prisão.
Em uma publicação no X, antigo Twitter, o mandatário ucraniano afirma que Putin “não se importa com quem morre, desde que mantenha sua posição”.
“Acabo de se saber que Alexei Navalny morreu em uma prisão russa. Obviamente, ele foi morto por Putin, como milhares de outros que foram torturados por causa desta criatura. Putin não se importa com quem morre, desde que ele mantenha sua posição”, publicou Zelensky. Ele adicionou, ainda, que Putin deve ser obrigado a “perder tudo e ser responsabilizado pelas suas ações”.
O ucraniano está participando Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.
Líderes e representantes reagem à morte de Navalny
Além de Zelensky, outros representantes se pronunciaram sobre a morte de Navalny . Grande parte deles aponta que o opositor foi morto logo após demonstrar resistência ao regime russo e ao Kremlin.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirma que a morte de Navalny reforça a “fraqueza e podridão” do sistema construído por Vladimir Putin. “Durante mais de uma década, o governo russo processou, envenenou e prendeu Alexei Navalny. Além disso, a sua morte numa prisão russa e a fixação e o medo de um homem apenas sublinham a fraqueza e a podridão no coração do sistema que Putin construiu”, disse.
A vice-presidente estadunidense, Kamala Harris, disparou que “a Rússia é responsável” pela morte. “Trata-se, evidentemente, de uma notícia terrível, que estamos tentando confirmar”, afirmou na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. “Se for confirmado, será mais um sinal da brutalidade do Presidente russo, Vladimir Putin”, salientou.
Já o presidente do Conselho da União Europeia (UE), Charles Michel, declarou que a UE responsabiliza o regime russo pela morte ‘trágica’ de Navalny que, segundo Michel, lutava por valores de democracia e liberdade.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, não só pontuou a “brutalidade sem precedentes do regime russo”, como também alegou que Navalny enfrentou condições duras e desumanas na cadeia.
Já o ministro francês das Relações Exteriores, Stephane Sejourne, publicou em suas redes sociais que Navalny “pagou com a vida” o preço pela oposição ao sistema russo. “A morte dele em uma colônia penal nos relembra a realidade do regime de Vladimir Putin”.
Alexei Navalny, um dos principais opositores de Putin, morre aos 47 anos na prisão
Na manhã desta sexta (16), o serviço penitenciário da Rússia informou a morte do principal opositor do presidente Putin, Alexei Navalny, aos 47 anos. Ele foi detido sob a acusação de “extremismo” no distrito autônomo de Yamal-Nenets.
Até o momento, a causa da morte de Alexei Navalny não foi divulgada. Em nota, as autoridades afirmam que ele “sentiu-se mal depois de uma caminhada e quase imediatamente perdeu a consciência”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.