O filho adotivo da ex-deputada Flordelis , Lucas Cezar dos Santos de Souza, de 21 anos, pediu autorização à Justiça para deixar o presídio e visitar a família biológica. Desde janeiro deste ano, ele cumpre pena em regime semiaberto, no Instituto Penal Benjamin de Moraes Filho, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro , mas ainda não tem o benefício de saídas temporárias.
Ele foi condenado a nove anos de prisão por ter ajudado o irmão, Flávio dos Santos Rodrigues, a comprar a arma usada para matar o pastor Anderson do Carmo , que era seu pai adotivo. Lucas está preso desde junho de 2019, mas foi julgado em novembro de 2021.
A solicitação para visitar a família foi feita pela advogada do rapaz, Fernanda dos Anjos, em 7 de fevereiro. No documento, ela alega que, embora ele seja adotado, tem parentes biológicos vivos e quer ter maior contato com a família.
A juíza Camila Guerin, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio, determinou, no último dia 13, que Lucas passe por uma exame criminológico, para que se faça uma análise se o preso poderá voltar a cometer crimes caso seja solto. O pedido para que seja feita a avaliação foi feito pelo Ministério Público estadual.
Em regime semiaberto, o preso pode ganhar o direito de sair do presídio e visitar a família em datas previamente estipuladas, para trabalhar ou estudar. O benefício, porém, não é automático e, depois de passar do regime fechado para o semiaberto, a defesa precisa pedir permissão da Justiça para que as saídas ocorram.
Flávio dos Santos Rodrigues foi condenado a 29 anos, três meses e 20 dias de prisão por ter sido o executor de Anderson. Ele também foi condenado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, associação criminosa armada e uso de documento falso.
Carlos foi inocentado por envolvimento na morte de Anderson, mas condenado por associação criminosa armada. Adriano foi condenado por uso de documento falso e associação criminosa armada. Os dois cumprem pena em livramento condicional.
Flordelis e Simone seguem presas no presídio Talavera Bruce, também no Complexo de Gericinó.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.