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BRASIL

Fliparacatu estreia com nomes célebres e eventos gratuitos

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Autores consagrados da literatura confirmaram presença na primeira edição do Festival Literário de Paracatu (MG), que começa na quarta-feira (23) e vai até domingo (27). Os brasileiros Conceição Evaristo, autora homenageada, Itamar Vieira Junior e Jeferson Tenório, além do moçambicano Mia Couto, por exemplo, estarão no festival. O tema desse festival que estreia no circuito artístico nacional é Arte, literatura e ancestralidade, com a intenção de tratar sobre a ótica antirracista.

Todas as mesas, palestras e outras atrações são abertas e gratuitas, programadas para receber o público em diferentes pontos do centro histórico da cidade mineira.  Paracatu fica a 500 km de Belo Horizonte, mas apenas a 250 km de Brasília. A estimativa de público, segundo os organizadores, é de 30 mil pessoas. 

“Paracatu é uma cidade que tem 73% da sua população negra. É uma cidade histórica que remonta à exploração do ouro e também de escravidão e resistência, que ainda necessita de de ser visibilizada pelo país inteiro”, afirma o curador e idealizador do festival, Afonso Borges, em entrevista à Agência Brasil.  Ele contextualiza que os moradores e visitantes respiram arte no local com mais de 600 espaços tombados pelo Iphan. A obra do escritor Afonso Arinos (1868 – 1916), que nasceu na cidade, vai ser homenageada no festival.

“A gente vai discutir a questão do racismo estrutural e a ancestralidade, que modulam a nossa pauta dos nossos dias com pelo menos 60 autores presentes”. 

Outros autores confirmados no festival trazem trajetórias, estilos e experiências diversas.  Adriana Abujamra, Amosse Mucavele, Bianca Santana, Calila das Mercês, Carla Akotirene, Cármen Lúcia, Danilo Miranda, Eliana Alves Cruz, Eduardo Neves, José-Manuel Diogo, Jamil Chade, Juliana Monteiro, Kakay, Lívia Sant’anna Vaz, Luana Tolentino, Luiza Romão, Márcia Kambeba, Marco Haurélio, Matheus Leitão, Míriam Leitão, Nádia Gotlib, Paloma Jorge Amado, Paulliny Tort, Paulo Scott, Rafael Nolli, Renato Noguera, Ricardo Prado, Sérgio Abranches, Simone Paulino, Silvana Gontijo, Socorro Acioli, Taiasmin Ohnmacht, Tino Freitas, Tom Farias e Truduá Dorrico.

Telas

Além de literatura, outras artes estão contempladas no festival. Um exemplo é a exposição de 42 reproduções de telas em espaço aberto de Cândido Portinari (1903 – 1962). A mostra inédito Portinari Negro destaca o inconformismo e olhares do artista diante das representações culturais, da exploração, da opressão e do racismo. As obras ficam expostas na Praça Matriz de Santo Antônio. 

De acordo com o curador da exposição, o professor João Candido Portinari, filho do artista, a seleção de trabalhos está ligada à principal inspiração do gênio brasileiro. “É a temática do povo preto em todas as suas representações, festejando e trabalhando, por exemplo”, disse, em entrevista à Agência Brasil. Ele entende que a temática da ancestralidade do festival está em estreita consonância com a obra do pai. Ele testemunha que o olhar de Portinari denunciava a situação de opressão e miséria de pessoas que atravessavam o Brasil em busca de melhores condições. Isso ocorre, por exemplo, na clássica obra Retirantes. 

 “Ele viu famílias inteiras se arrastando pela estrada com filhos morrendo pelo caminho”, recorda. O curador entende que Portinari tomou posições firmes diante de episódios de racismo que testemunhou. Sobre esse tema e a proximidade entre Portinari e escritores, ele fará uma palestra em Paracatu, no dia 23. 

Além dos clássicos como Retirantes e O Mestiço, as obras do pai que João Candido Portinari mais aprecia, e cujas reproduções podem ser conferidas em Paracatu, são Casamento e Casamento na Roça. No ano em que se celebra 120 anos do nascimento do artista, conhecer mais sobre a obra dele levará o visitante a entender por que a arte faz a diferença e é atemporal.

Serviço:

Festival Literário de Paracatu – Fliparacatu

De 23 a 27 de agosto, de quarta-feira a domingo

Local: Programação presencial no Centro Histórico de Paracatu e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @‌fliparacatu

Entrada gratuita

Informações: www.fliparacatu.com.br

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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