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Finlândia diz ver risco de guerra nuclear: ‘Putin está imprevisível’

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Finlândia diz ver risco de guerra nuclear entre Rússia e Otan
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Finlândia diz ver risco de guerra nuclear entre Rússia e Otan

O secretário permanente do Ministério da Defesa da Finlândia, general Esa Pulkkinen, disse que, após a adesão do país nórdico à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, passou a ser “totalmente imprevisível”, deixando em aberto o risco de uma guerra nuclear .

“Quando Putin começou a falar, no fim de 2021, sobre a proteção dos interesses de segurança da Rússia, especialmente a expansão da Otan, é claro que ele mirava a Ucrânia, mas a interpretação na Finlândia foi de que qualquer país estaria sujeito a ações”, disse ele, em entrevista à Folha de S. Paulo nessa segunda-feira (10).

De acordo com ele, a adesão à aliança militar foi consumada na semana passada, dobrando a ligação por terra da Rússia com seus rivais, “surpreendentemente rápida”. “Até abril de 2022, mais ou menos, não tínhamos certeza de que seria assim”, afirmou o secretário.

O finlandês disse que, embora já tenha se preocupado mais com a possibilidade de uma guerra nuclear , ela continua sendo um risco. Ele ainda afirmou que, no cenário atual, nem a Rússia nem a Ucrânia teria condições de vencer o conflito, iniciado em fevereiro de 2021 e que já passa de um ano de duração.

“Me preocupa muito [uma eventual Terceira Guerra Mundial, nuclear]. Já me preocupei mais, menos, mas a questão é um risco aberto”, disse o secretário, que é número 2 da pasta, ao jornal. “O problema é que ninguém sabe qual é a real linha vermelha de Putin. Será a Crimeia [território anexado pela Rússia em 2014]? Mas a Ucrânia não tem condições de tomar a Crimeia. Nem um, nem o outro tem condições de ganhar militarmente hoje.”

O general disse que, nas próximas semanas, haverá tentativas de ofensivas russas, mas não prevê resultados ou defende negociações.

Sobre a entrada na Otan , o secretário disse que a Finlândia tem muito a oferecer às outras 30 nações que fazem parte da aliança.

Apesar de ter apenas 20 mil militares, 280 mil podem ser mobilizados imediatamente.

“A Otan virou uma força expedicionária. Nós nunca abandonamos nossa defesa nacional, e temos hoje a mais poderosa artilharia da Europa, mais do que países maiores e mais ricos, como a Alemanha”, afirmou. Atualmente, a Finlândia tem 682 peças de artilharia e lançadores de foguetes. Berlim, por exemplo, soma 245 dessa armas.

Ele ainda citou a visita do presidente da França, Emmanuel Macron, ao líder chinês Xi Jinping — maior aliado de Putin —, como uma complexidade.

“Todos têm suas questões, húngaros, turcos [países que dificultaram a entrada finlandesa na Otan e ainda barram a da Suécia]. Mas com a China é complicado, até mesmo para a Finlândia, há as questões de comércio”, afirmou.

Kremlin prometeu retaliações

O Kremlin prometeu responder à adesão do país à aliança militar , dizendo que a decisão representa um “ataque à segurança” da Rússia.

“É um novo agravamento da situação. A ampliação da Otan é um ataque à nossa segurança e aos nossos interesses nacionais”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov. “Isso nos obriga a tomar contra-medidas. Vamos acompanhar cuidadosamente o que está acontecendo na Finlândia, como isso nos ameaça. Com base nisso, medidas serão tomadas. Nosso Exército informará quando chegar a hora.”

Com a adesão do país nórdico, a Otan duplica a extensão das fronteiras que os membros partilham com a Rússia, o que desagrada Moscou. A aliança é considerada pela Rússia uma das principais ameaças à segurança do país — a vontade da Ucrânia de aderir à organização foi um dos pontos levantados pelo presidente Vladimir Putin para “justificar” a invasão ao país e o início da guerra.

“A Finlândia nunca foi anti-Rússia e não tivemos nenhuma disputa”, afirmou Peskov. “Sua adesão à Otan afetará a natureza das relações entre Moscou e Helsinque, já que a aliança é uma organização hostil e hostil em relação à Rússia.”

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Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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