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MATO GROSSO

Filhote de jaguatirica resgatado pela Sema é destinado para zoológico de Curitiba

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Um filhote de jaguatirica, de 6 meses, foi enviado para o zoológico de Curitiba, na última semana, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). O local foi escolhido por ser de renome nacional para manutenção de felinos em cativeiro e possuir um corpo técnico especializado.

O felino macho, com o nome de bagheera, foi encontrado ainda bem pequeno e sem a mãe, em um região de mata, por moradores do distrito de Mimoso, em Santo Antônio do Leverger.

Após ser resgatado pela Gerência de Fauna da Sema, foi constatado que por ser muito bebê, ele não conseguiria voltar a natureza por não saber se defender adequadamente no ambiente natural.

O filhote foi alimentado com leite específico para felídeos e também com alguns suplementos. Ele ficou sob os cuidados de uma médica veterinária em um ambiente que permitia que ele tivesse desafios necessários para o desenvolvimento saudável, como escalada, interação com água e espaço para procurar comida em locais escondidos.

“Considerando tudo o que ele passou, o fato de ter tido obstrução e chegar com cistite já tão novo, nos causou uma preocupação imensa. Foi desafiador e gratificante, ao mesmo tempo, porque ele foi respondendo gradativamente ao tratamento e ao enriquecimento ambiental. Com o tempo, dispensamos as massagens, passou a defecar e urinar sozinho e então a demarcar território. Foi crescendo e as brincadeiras foram ficando mais violentas, o que demonstrava que ele estava se desenvolvendo”, explicou a médica veterinária Ana Laura Karliski, que cuidou do felino por estes meses.

O animal foi transportado pela companhia aérea Latam, e o voo foi custeado pelo zoológico de Curitiba, onde ficará em um grande recinto. Lá ele terá ambientes diferentes para poder escalar, se esconder e se desenvolver adequadamente.

“Reforçamos a importância do tratamento pós resgate, propiciando ao animal boas condições de saúde para seu pleno desenvolvimento. O envio ao zoológico de Curitiba reforça o instrumento de conservação para manutenção da viabilidade genética de cativeiro”, afirma a médica veterinária e analista ambiental da Sema, Danny Moraes.

Veja vídeo: https://www.youtube.com/shorts/KYOrPu23N44

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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