A fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atinge mais de 1,7 milhão de brasileiros em julho de 2023, segundo dados do Portal da Transparência do INSS, sendo que 1.197.750 de pessoas aguardam análise administrativa e outras 596.699 pessoas estão aguardando perícia médica.
A análise administrativa ocorre quando toda a documentação já foi enviada ao INSS e está sendo analisada por um servidor. Já a perícia médica deve ser feita para comprovação de incapacidade temporária ou definitiva.
O portal foi lançado na última semana pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT). Além dele, compromete-se em reduzir a fila de espera o novo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto .
O INSS contratou mil técnicos do seguro social aprovados no concurso público, mas Stefanutto quer mais 2.144 novos profissionais para auxiliar na redução da espera.
Ele alerta, no entanto, ainda ser necessário que o governo garanta verba para formação e admissão dos novos funcionários, o que já estaria sendo discutido.
O ex-presidente interino do INSS, Glauco Fonseca Wamburg, tinha o mesmo desejo , mas queria convocar mais 250 candidatos que integram o cadastro reserva do certame que nomeou mil técnicos do seguro social. Além disso, afirmou que pediu um novo edital com 1,6 mil vagas para seleção de analistas de nível superior.
O INSS iniciou, no mês passado, a implementação de mutirões em áreas críticas, ou seja, onde a fila é maior e o número de profissionais menor, como nas regiões Norte e Nordeste.
Além disso, a Previdência iniciou um projeto-piloto em que os atendentes da Central 135 passaram a ligar diariamente para 5 mil pessoas que tinham perícia agendada. Mesmo assim, segundo o INSS, uma em cada cinco pessoas não comparece à perícia agendada.
O INSS também aguarda a publicação da Medida Provisória que libere o pagamento de horas extras para os servidores. Atualmente, cada perito pode realizar até 12 perícias por dia. Com a MP, esse número poderia crescer.
O texto já foi elaborado e contemplado pelos ministério da Previdência, social, Gestão e Planejamento, mas espera aval da Casa Civil para ter assinatura do presidente da República.