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Agronegócio

Ferrugem asiática da soja cresceu 491% em 2023 e ameaça produção de 6 estados

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O aumento de 491% nos casos de ferrugem-asiática tem preocupado produtores de soja em seis estados do Brasil.

De acordo com dados da Embrapa Soja e do Consórcio Antiferrugem, a combinação de um inverno menos rigoroso no Sul do país e o surgimento de soja voluntária favoreceu a propagação da doença.

Essas condições dificultaram o desenvolvimento inicial da soja, causando atrasos na semeadura e a necessidade de replantio em diversas áreas, afetando estados como Mato Grosso e Bahia.

Até o final de 2023, foram reportados 130 casos da doença na soja, em comparação com os 22 registros do mesmo período do ano anterior.

O panorama atual indica uma projeção alarmante, sugerindo que os casos deste ciclo podem se equiparar ao pico de 573 ocorrências na temporada 2020/21, a mais elevada das últimas cinco safras.

Os casos estão distribuídos principalmente no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No entanto, na safra anterior, 12 estados apresentaram registros, sendo o Paraná o líder com 83 ocorrências.

Para enfrentar esse cenário desafiador, especialistas recomendam medidas específicas, como o uso de sistemas de plantio direto, respeito ao período de vazio sanitário, semeadura antecipada dentro de limites agronômicos, uso preventivo de produtos químicos ou biológicos e escolha de variedades mais resistentes. Além disso, ferramentas digitais são indicadas para monitorar e controlar efetivamente as áreas afetadas.

A temporada 2023/24 da soja encontra-se sob a influência do El Niño, fenômeno climático que resultou em chuvas intensas intercaladas com períodos de estiagem, impactando as principais regiões produtoras da oleaginosa.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Projetos estadual e federal podem corrigir injustiças ambientais e impulsionar o agronegócio

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Duas propostas legislativas — uma estadual e outra federal — prometem corrigir falhas históricas na classificação de biomas em Mato Grosso, aliviando os custos para produtores rurais e ampliando a competitividade do agronegócio no estado. A primeira, em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), reclassifica áreas dos biomas amazônico e cerrado, enquanto a segunda, na Câmara dos Deputados, visa retirar o estado da Amazônia Legal.

Atualmente, muitos produtores rurais em Mato Grosso precisam preservar até 80% de suas propriedades por estarem localizadas em áreas classificadas como floresta amazônica, mesmo em regiões de cerrado ou transição. Para ajustar essas áreas à realidade, os proprietários são obrigados a gastar altos valores com laudos técnicos para comprovar que suas terras pertencem ao bioma cerrado, onde a reserva legal exigida é de 35%.

A proposta estadual, aprovada em primeira votação, busca corrigir essas distorções ao redefinir os limites entre biomas. Se aprovada, permitirá que áreas erroneamente classificadas como floresta amazônica passem a ser reconhecidas como cerrado, alinhando a legislação ambiental à realidade no campo.

O deputado Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente e autor da proposta, defende que a reclassificação é essencial para reduzir custos e ampliar a área disponível para produção agrícola. “Estamos corrigindo equívocos históricos que penalizam produtores que já preservam boa parte de suas terras. Essa mudança é técnica e necessária”, afirmou.

Produtores argumentam que, em muitas regiões de cerrado, onde é exigida a preservação de 80%, a vegetação é tratada como floresta de forma equivocada. Segundo lideranças do setor, isso encarece a produção e reduz a competitividade do Brasil no mercado global, especialmente diante das exigências internacionais.

Especialistas alertam que a reclassificação poderia abrir caminho para o desmatamento de até 10 milhões de hectares. Porém, produtores destacam que não se trata de “desmatamento indiscriminado”, mas de uma adequação técnica que garante a manutenção da preservação obrigatória de 35% em áreas de cerrado, conforme o Código Florestal.

Além disso, ambientalistas temem impactos na credibilidade do Brasil no mercado internacional, mas deputados como Juarez Costa, autor da proposta federal, ressaltam que o agronegócio brasileiro já adota padrões elevados de sustentabilidade.

No âmbito federal, o projeto de retirar Mato Grosso da Amazônia Legal promete aliviar ainda mais os custos para produtores, que seriam dispensados de preservar 80% de suas propriedades, como ocorre atualmente. Apesar do parecer contrário do deputado Coronel Chrisóstomo na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o texto ainda será debatido em outras instâncias legislativas.

A segunda votação da proposta estadual será crucial para determinar o futuro da legislação ambiental em Mato Grosso. Se aprovada, representará um avanço na segurança jurídica dos produtores e um estímulo ao agronegócio, pilar econômico do estado. O debate revela a necessidade de equilibrar conservação ambiental e crescimento econômico em um dos principais estados produtores do Brasil.

O agronegócio mato-grossense, responsável por alimentar milhões de pessoas no Brasil e no mundo, reforça que ajustes como esses são indispensáveis para garantir sua sustentabilidade econômica e ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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