A importância de estar satisfeito no trabalho e não esperar todos os dias pelo fim de semana é um dos pontos constantemente discutidos pelo autor, consultor e professor de comportamento humano Luiz Gaziri. Ele foi um dos palestrantes do Congresso da Felicidade , o primeiro evento focado em discutir o tema em Brasília.
Em uma entrevista exclusiva ao GPS|Brasília, Gaziri compartilhou um pouco do conhecimento adquirido com os estudos e com a carreira em que teve uma experiência de quase vinte anos atuando como executivo. Com isso, o professor já acumula mais de uma década de consultorias para diversas empresas, dando foco à felicidade no ambiente de trabalho.
O primeiro ponto para alcançar essa felicidade, segundo Gaziri, é a remuneração. “ O quão importante é a gente dar um salário digno e bom para as pessoas, para que elas consigam ser felizes. Infelizmente, existe no mercado uma prática, principalmente na área de vendas, que é da onde eu venho, de pagar um salário fixo bem baixinho e o resto é tudo comissão “, critica.
De acordo com o professor de pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da FAE Business School, a comissão traz um pior desempenho e não melhor, como as pessoas acreditam. “ Existem mais de cem anos de evidência científica sobre isso, e que é impossível a gente ser feliz não sabendo quanto a gente vai ganhar e se a gente vai ou não pagar nossas contas “, completa.
Durante a sua palestra, Gaziri também abordou a importância das metas. Essa seria uma motivação fundamental para a felicidade. “ Um pilar da nossa motivação é a competência, então para ser feliz, para ter bem-estar, a gente precisa se sentir competente “, explica. Dessa forma, um funcionário que consegue atingir os seus objetivos, batendo suas metas, e se enxerga cada dia melhor, consegue ter felicidade no trabalho. Ele também reforça as metas fora da realidade colocadas pelas empresas, o que, consequentemente, torna o funcionário frustrado.
A competitividade é outro ponto citado por Luiz Gaziri como um dos responsáveis pela infelicidade. “ Temos que discutir mais sobre os relacionamentos dentro do ambiente de trabalho, porque as empresas, em vez de estarem ajudando os colegas a se conhecerem melhor, a serem amigos, estimulam um ambiente hostil, de competição, e é impossível se sentir bem assim “, finaliza.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.