A dentista Evelyn Karoline Santos morreu aos 28 anos de febre maculosa. Ela chegou a procurar um hospital para tratar os sintomas, mas recebeu o diagnóstico de dengue e foi orientada a repousar em casa. Ela morreu na última quinta-feira (8), um dia após embarcar para uma viagem internacional que havia marcado de Dia dos Namorados.
A dentista apresentou sintomas como febre, cefaleia, choque e crise convulsiva logo no início, em 3 de junho. Ela foi internada no dia 7 e morreu no dia seguinte. As três vítimas da doença foram infectadas no mesmo local, na Fazenda Santa Margarida, e apresentaram sintomas dias depois.
O marido de Evelyn, Marcelo Borges, afirmou que foi o primeiro a ficar doente, mas melhorou após ficar dois dias de cama. A esposa, por outro lado, foi a um hospital municipal no domingo (4) depois de apresentar dores nas articulações e febre de 40ºC.
“No hospital, ela fez exame de sangue e a única coisa que deu foi uma alteração nas plaquetas, que estava entre 122 mil e 125 mil. Trataram como dengue e mandaram para casa. Não foi investigado a fundo se era [dengue] mesmo ou não”, afirmou Marcelo ao jornal Metrópoles .
Na segunda (5), Marcelo relatou que ela voltou a procurar atendimento médico, mas dessa vez em um hospital privado. Na ocasião, um dos médicos disse ter “certeza” que Evelyn estava com dengue, mas dois testes foram feitos e deram negativo para a doença, segundo o marido.
“O médico falou que não era nada alarmante e poderia ir para casa. Eu questionei várias vezes o que poderia ser e a resposta que tive foi: ‘Pode ser muita coisa. Vai para casa e faz repouso'”, acrescentou Marcelo.
Ela decidiu ir a um terceiro hospital na terça (6), mas teve uma convulsão dentro do carro a caminho da unidade de saúde. O marido disse ter feito massagem cardíaca na mulher até chegar no local, onde ela foi internada em estado grave. Dois dias depois, ela morreu.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.