Com quatro mortes confirmadas em São Paulo nesta semana, a febre maculosa tem deixado em alerta a população brasileira e as autoridades de saúde. Transmitida pelo carrapato da espécie Amblyomma cajennense, conhecido como carrapato-estrela, a febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que se instala no organismo após a picada do aracnídeo.
O carrapato-estrela não se reproduz em casa, somente na mata. Por isso, é importante evitar o contato com a espécie ao visitar ambientes como chácaras, fazendas ou parques.
E se eu encontrar um carrapato no meu corpo?
Caso não seja possível evitar o contato com as áreas de risco, é importante saber como remover o carrapato de forma segura.
Antes de tudo, mantenha a calma. Embora a reação natural seja tentar puxar ou esmagar aracnídeo, é importante evitar que ele se rompa e espalhe ainda mais bactérias, o que pode causar a transmissão da doença. O ideal, segundo as autoridades de saúde, é removê-lo cuidadosamente, preferencialmente com o auxílio de uma pinça.
Abaixo, confira as principais recomendações divulgadas pela Prefeitura de São Paulo:
Não deixe os cães com livre acesso à rua, pois eles poderão entrar na mata e voltar com carrapatos;
Cuide bem do seu gato, mantendo-o domiciliado e fazendo uso de preventivo contra carrapatos;;
Examine com frequência os cães e gatos para buscar carrapatos e use luvas para tirar os que encontrar;
Se for necessário entrar em região de mata, use calçado fechado e calça comprida e camiseta de manga longa de cores claras;
Ao retornar de áreas com vegetação, verifique imediatamente a roupa e o corpo para remover possíveis carrapatos;
Não arranque carrapatos com força. Retire-os com calma, através de leve torção. De preferência, use uma pinça.
A Prefeitura de São Paulo alerta ainda para a necessidade de encaminhar todos os carrapatos que encontrar, seja em animais, no meio ambiente ou em pessoas, para identificação.
A recomendação é coletá-los e acondicioná-los em um frasco com tampa contendo álcool. Em seguida, feche o frasco e anote o endereço pessoal para entregá-lo na UBS (Unidade Básica de Saúde) ou na UVIS (Unidade de Vigilância em Saúde) mais próxima.
Caso não tenha frequentado alguma área de risco, mas possua animais de estimação e apresente alguns dos sintomas da doença, é importante avisar seu médico para um diagnóstico mais assertivo.