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Agronegócio

Fávaro defende biodiesel com matéria-prima nacional: gera empregos e oportunidades na agroindustrialização

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Nesta sexta-feira (03.11), em Nova Délhi, Índia, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, palestrou no encerramento do evento “O Diálogo sobre Transição Energética” (em inglês, The Energy Transition Dialogue), organizado pela Observer Research Foundation (ORF).

O ministro destacou que o Brasil sabe da sua responsabilidade com a preservação ambiental e que a transição energética é fundamental, lembrando ainda que o país tem liderado todas as ações que visam a produção de combustíveis renováveis e energias limpas.

Em seu discurso, Fávaro lembrou da história do Brasil com os biocombustíveis. “O Brasil tem um programa de etanol como combustível para os nossos veículos há aproximadamente 40 anos. Temos, há 20 anos, o carro flex dando oportunidade de abastecimento aos nossos cidadãos com o combustível renovável, mas também incorporado junto ao combustível fóssil”, disse.

O ministro também citou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). Instituído em 2004, no primeiro mandato do Presidente Lula, o programa interministerial do Governo Federal objetiva a implementação de forma sustentável, tanto técnica como econômica, da produção e uso do biodiesel, com enfoque na inclusão produtiva e no desenvolvimento rural sustentável, via geração de emprego e renda.

Biocombustíveis X alimentos

Além das questões de sustentabilidade relacionadas aos biocombustíveis, a produção de biodiesel, feita com matéria-prima nacional, gera empregos, oportunidades na agricultura familiar e na agroindustrialização, e ainda garante mais estabilidade ao mercado de soja e, consequentemente, das proteínas animais.

O ministro da Agricultura e Pecuária brasileira ressaltou que o biocombustível não é concorrente da produção de alimentos. Para ele, o Brasil cresceu, se tornou um grande exportador de alimentos e um grande produtor do combustível, mostrando que é muito compatível gerar energia sustentável, biocombustíveis e produzir alimentos. E que não são divergentes esses assuntos.

“Percebam que o Brasil há 50 anos era importador de alimentos e nesse período começou a desenvolver tecnologias para produzir mais, com qualidade e em quantidade, para o nosso suprimento e também para exportação. E praticamente no mesmo período começamos os programas de combustíveis renováveis e ao invés de causar qualquer insegurança alimentar pelo contrário, o Brasil cresceu”, ressaltou.

Fávaro terminou seu discurso agradecendo por participar de um evento com um tema relevante para o Brasil e o mundo. “Espero que essa aliança global de biocombustíveis possa levar exemplos como esse para que cada vez mais o mundo produza energia limpa, renovável e de qualidade. Desejo que ao final desse evento possamos trazer soluções e compromisso com o biocombustível”, finalizou.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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