Segundo os parentes de Julia Faustyna, por meio de uma publicação da ONG Missing Years Ago, ela sofre de problemas psiquiátricos e recusa tratamento.
Eles disseram estar surpresos com a repercussão do perfil que ela criou nas redes sociais. “Para nós, como familiares, é óbvio que Julia é a nossa filha, neta, irmã e prima. Temos memórias, fotos. Julia também tem essas fotos. Ela levou as imagens da casa da família dela, assim como a sua certidão de nascimento e todos os boletins hospitalares”, afirmaram.
“Pedimos para ela parar, tentamos prevenir isso”, acrescentaram.
No perfil criado no Instagram , com o nome @iammadeleinemccan, Julia Faustyna diz ser ignorada pelos investigadores do Reino Unido e da Polônia , solicita um teste de DNA e pede para conversar com Kate e Gerry McCann, os pais de Madeleine.
Ao longo das publicações, a jovem faz diversas montagens comparando traços da menina desaparecida com os dela e justificando, nas legendas, os motivos que fazem com que ela acredite ser Madeleine .
Em uma das imagens, ela diz não se lembrar de parte de sua infância, mas tem a memória de quando passou “férias em um lugar quente, onde havia praia e prédios brancos ou muito claros”. “Eu não vejo minha família nessa memória”, afirmou, dizendo ter amnésia pós-traumática.
“Acho que posso ser a Madeleine. Estou em contato com uma pessoa da fundação polonesa de pessoas desaparecidas. Provavelmente farei teste de DNA, mas depende da decisão da polícia”, escreveu ela no Facebook .
Em mensagens compartilhadas nas redes, a mãe de Faustyna disse que a filha está “armando um circo” e que ela precisa de ajuda psiquiátrica . “Eu vou vender a casa e nenhum de nós vai nem atender o telefone se você ligar, por tudo o que você fez e a vergonha que você me fez passar”, escreveu a mãe dela.
Depois da repercussão do perfil criado pela jovem, Faustyna disse que a família McCann entrou em contato para fazer o teste de DNA . A imprensa internacional divulgou que a família está disposta a olhar para todas as pistas, pois não há como contestar isso a semelhança com a garota. “Se o que ela diz é verdade, há todas as chances de ser ela. Tudo se resume.”
Em 2022, o principal suspeito, o alemão Christian Brueckner, foi processado pela Justiça portuguesa acusado de cometer cinco crimes sexuais entre 2000 e 2017. Nenhum deles, porém, está relacionado ao desaparecimento de Madeleine.