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Agronegócio

Falta de infraestrutura da armazenamento traz sérios prejuízos aos produtores, alerta presidente do IA

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A combinação entre a supersafra de grãos no Brasil e a queda dos preços de soja e milho no mercado internacional nos últimos meses deve expor um problema crônico no Brasil: a falta de capacidade de armazenagem.

O País, principal produtor de grãos do mundo, enfrenta a difícil situação de não ter estrutura para estocar o que produz nem metade do que produz.

E a estimativa da Conab é de que o volume da produção brasileira de grãos atinja 317,6 milhões de toneladas, novo recorde na safra 2022/2023, um crescimento de 16,5% em relação a safra anterior. Com isso, o déficit de armazenagem de grãos ultrapassará 124 milhões de toneladas.

GOVERNO MANIFESTA PREOCUPAÇÃO VEJA AQUI 

Isan Rezende, presidente do IA

Para o presidente do Instituto do Agronegócio, Isan Rezende, essa é uma situação insustentável e que piora a cada safra. “A cada recorde de safra capacidade de armazenamento fica ainda mais prejudicada. A falta de estrutura de armazenamento, além de comprometer a qualidade dos grãos, aumentar os riscos de perdas e prejudicar a comercialização, traz inúmeros prejuízos aos produtores, que se veem obrigados a vender seus produtos a preço de banana para evitar maiores prejuízos”.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) informou que nesse mês de julho a comercialização da soja ultrapassou 79% e 68,23% do milho da safra 2022/2023, novo recorde de exportação, segundo a Secretaria de Comercio Exterior (Secex).

Isan lembra que produção agrícola brasileira continua em expansão, mas a capacidade de armazenagem não, o que compromete a segurança alimentar do país. “Além disso, a rentabilidade dos produtores cai e compromete a competitividade no mercado internacional”, lembra o presidente do IA.

A situação serve como um alerta para a necessidade de planejamento e investimentos estratégicos no setor, a fim de evitar prejuízos e otimizar o potencial do agronegócio brasileiro.

Segundo a consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, o prejuízo estimado chega a R$ 30,5 bilhões, só na safra 2022/2023 por falta de estrutura para processamento e armazenamento dos grãos.

Significa prejuízo ao governo, com perda no valor do Produto Interno Bruto (PIB) e na balança comercial, em decorrência de menor valor por tonelada exportado.

O prejuízo acumulado a cada safra, são indicadores suficientes para criação de linha de financiamento com juros subsidiados aos agricultores para construção de armazém, dentro da sua propriedade rural.

“Armazém significa garantia ao agricultor em comercializar a sua produção no momento adequado e dentro do seu planejamento”, afirma o presidente do IA.

“A capacidade de armazenagem é essencial para evitar prejuízos e assegurar a qualidade dos grãos, além de fortalecer a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional”, complementa ele.

“Investimentos estratégicos nessa infraestrutura são fundamentais para acompanhar o crescimento da produção agrícola do país e promover a segurança alimentar”, conclui Isan Rezende.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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