Passou de 30 mil o número de mortos em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza , de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo grupo fundamentalista Hamas.
Segundo as autoridades locais, foram registradas pelo menos 79 vítimas apenas na última madrugada.
Além disso, o Hamas diz que mais de 70 palestinos foram assassinados e 250 ficaram feridos em um ataque israelense contra pessoas que faziam fila para pegar comida no sul da Cidade de Gaza na manhã desta quinta.
Segundo informações veiculadas pela imprensa internacional nos últimos dias, os dois lados estariam próximos de um acordo para um novo cessar-fogo temporário que permitiria a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 17 mil crianças estão sozinhas na Faixa de Gaza.
“Pelo menos 17 mil crianças ficaram órfãs ou foram separadas de suas famílias, e muitas outras carregarão as cicatrizes do trauma físico e emocional por toda a vida”, alertou Volker Turk, comissário da ONU.
Ele acrescentou que mais de 100 mil pessoas estão feridas e “cerca de uma em cada 20 crianças, mulheres e homens estão mortos ou feridos”.
Turk chama o conflito de “carnificina”. Segundo a ONU, os ataques do Hamas contra Israel são “chocantes”, “profundamente traumatizantes e totalmente injustificáveis”.
“A matança de civis, os relatos de tortura e violência sexual infligidos pelo Hamas e por outros grupos armados palestinos e a manutenção de reféns desde aquela época são terríveis e totalmente errados”, disse Turk.
Contudo, segundo o comissário, “o mesmo acontece com a brutalidade da resposta israelense”.
“O nível sem precedentes de mortes e mutilações de civis em Gaza, incluindo funcionários da ONU e jornalistas, a crise humanitária catastrófica causada pelas restrições à ajuda humanitária, o deslocamento de pelo menos três quartos da população, muitas vezes várias vezes, a destruição maciça de hospitais e outras infraestruturas civis e, em muitos casos, a demolição sistemática de bairros inteiros, tornando Gaza praticamente inabitável”, afirmou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.