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MATO GROSSO

Fábrica de castanhas é inaugurada pela Sema no território indígena Zoró

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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) inaugurou uma fábrica de beneficiamento de castanhas da Amazônia no território indígena do Povo Zoró, no município de Rondolândia (a 1.064 km de Cuiabá). A construção do empreendimento beneficia diretamente 100 famílias indígenas e foi viabilizada por meio do Programa REM MT, iniciativa conjunta dos governos da Alemanha e Reino Unido, sob a coordenação da Sema-MT, que desenvolve em Mato Grosso projetos diversos para a conservação da floresta em pé. 

As 32 aldeias do Povo Zoró estiveram representadas pelos seus caciques na cerimônia de inauguração da fábrica, realizada na aldeia Guwa Puxurej, na quinta-feira (25.04).

Na ocasião, a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, reforçou o compromisso do Governo do Estado com os povos indígenas por meio da atuação do Programa REM MT. 

“O REM MT é um programa do Estado que tem entre os seus pilares um extremamente importante para o Povo Zoró e para todas as 42 etnias de Mato Grosso, que é respeitar a vontade dos indígenas para que eles recebam o apoio do Estado para o fortalecimento da sua cadeia produtiva, do seu processo cultural, da manutenção da dignidade do seu povo”, declarou Mauren.

Além das 100 famílias beneficiadas pelo projeto,  todo o Povo Zoró ganhou com a construção da fábrica. Os Zorós entraram para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e receberão um recurso de R$ 1,5 milhão para entrega de 19 toneladas de amêndoas de castanha da Amazônia para organizações socioassistenciais de Rondolândia e de Ji-Paraná, no estado de Rondônia. 


Foto por Priscila Soares/ REM MT.

A Conab estabeleceu o preço de R$ 78,00 por quilo de castanha beneficiada, um valor bem acima do mercado privado, o que irá fortalecer o trabalho do povo indígena Zoró, promovendo o extrativismo e beneficiamento da amêndoa e valorizando a cadeia da castanha. Entre os objetivos do PAA está impulsionar a agricultura familiar.

Com a inauguração da fábrica de castanhas e aquisição do produto pela Conab, o Povo Zoró terá a renda das famílias garantida, o que contribui também para a manutenção da floresta em pé, do extrativismo sustentável e ao fomento do trabalho das mulheres Zorós que desempenham papel fundamental no processo de beneficiamento das castanhas.

O coordenador do projeto com o Povo Zoró, Paulo César Nunes, agradeceu o apoio que recebeu do Governo do Estado. “Não tenho palavras para agradecer à Sema e ao Programa REM. São cinco anos de trabalho, com o acompanhamento e muita atenção da coordenação do REM MT. São dois projetos que o REM apoiou aqui na primeira fase, e a gente acredita e quer que essa parceria continue com a fase dois, que, com certeza, continuará a beneficiar esses povos”, afirmou Paulo.

Além do órgão ambiental, também participaram da inauguração da fábrica de castanhas representantes das Secretarias de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) e de Agricultura Familiar (Seaf), da Conab e do Programa REM MT.
Foto por Priscila Soares/ REM MT.
 

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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