Os resultados parciais das eleições para o Parlamento da União Europeia foram divulgados nesta segunda-feira (10), trazendo consigo uma série de mudanças no cenário político do continente. Uma das principais observações foi o encolhimento do bloco da direita. Já a extrema direita viu sua representação ser ampliada.
A direita tinha antes 39% dos assentos totais, mas agora passou a ter 36%. Dentro desse contexto, o Partido Popular Europeu, de centro-direita, angariou o maior número de assentos.
A extrema direita, que apresentou um discurso antissistema, conseguiu crescer. Liderada por nomes como Marine Le Pen e Giorgia Meloni, o bloco saiu de 16,7% assentos para 18,1%. O grupo tem como discurso enfrentar as imigrações na Europa e leis que protejam as minorias.
No campo da esquerda, houve um recuo de 25% para 23% das cadeiras no parlamento. Porém, a aliança entre socialistas e democratas conseguiu a segunda maior votação, superando a extrema-direita.
Quem sofreu o maior baque foram representantes do meio ambiente. O bloco chamado verde tinha 10% dos assentos, mas agora passaram a ter apenas 7%.
Um dos motivos para a queda dos ambientalistas foi a decisão dos mais jovens optarem por partidos de extrema direita. Essa migração de votos ocorre em um momento em que a Europa passa por uma crise cultural e socioeconômica.
Jovens europeus demonstram poucas expectativas para o futuro e demonstram descrença aos políticos que se colocam como “moderados” ou com visões “tradicionais”.
Resultados por países
Na Alemanha, o SPD teve um desempenho aquém do esperado, enquanto o partido de extrema direita AfD conquistou a segunda posição. Na Itália, o partido de extrema direita Irmãs saiu vitorioso nas eleições.
Na Bélgica, o primeiro-ministro anunciou renúncia após a derrota de seu partido liberal. Já na Polônia, o partido de centro do primeiro-ministro Donald Tusk obteve a maioria dos votos, barrando a expansão da extrema-direita.
Foram divulgados resultados finais em 12 países e resultados parciais em outros 14 Estados membros. O comparecimento médio dos eleitores foi de 50,8%.
União Europeia
A União Europeia é formada por 27 países europeus que buscam uma cooperação mais estreita em diversos aspectos, como comércio, política externa, segurança, direitos humanos e padrões de vida.
A UE foi criada com o objetivo de promover a paz, a estabilidade e o desenvolvimento na região após as devastadoras guerras mundiais do século XX.
O bloco possui instituições próprias, como o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e o Conselho Europeu, que trabalham para tomar decisões e promover políticas que beneficiem todos os Estados membros.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.