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Exposição Faveladas mostra cotidiano de mulheres da Maré

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O Observatório de Favelas, por meio do programa Imagens do Povo (IP), inaugura nesta quinta-feira (20), às 19h, a exposição Faveladas, da artista Kamila Camillo. Moradora da comunidade da Maré, Kamila conhece muito bem a região, com a qual tem uma “relação horizontal”, disse a coordenadora do programa Imagens do Povo, Érika Tambke.

A mostra gratuita ficará aberta à visitação popular na Galeria 535, até o próximo mês de junho, reunindo 23 fotos do cotidiano de mulheres residentes na Maré, na área conhecida como Tijolinho. Foi no Conjunto Habitacional do Tijolinho que a maior parte das mulheres foi fotografada. A ideia é enobrecer essas mulheres e reverter o uso e o sentido da palavra favelada.

A galeria funciona no endereço do próprio Observatório de Favelas, à Rua Teixeira Ribeiro, 535, Nova Holanda, na Maré. A visitação é de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h. A exposição Faveladas abre o programa da Galeria 535 deste ano. A curadoria é de Jean Azuos e Rosilene Miliotti, ambos também nascidos e criados na comunidade. Érika Tambke disse que Kamila compartilha o olhar que tem sobre essas mulheres que trazem a beleza e a força do cotidiano na favela. “A própria fotógrafa conhece a Maré em primeira pessoa, demonstrando o seu conhecimento com cenas diversas, oscilando entre os dias comuns e os de festa”, disse Érika.

Currículo

Psicóloga, fotógrafa popular, artista visual, ativista social, comunicadora e fundadora das Crias do Tijolinho, Kamila Camillo produziu, em 2018, a série de fotografias de casais LGBTQIA+, homenageou as crianças com a mostra Crias do Tijolinho, além de ter criado o projeto Mulheres Gordas de Favelas.

Em 2019, participou da escola de formação Elã, no Galpão Bela Maré. Nos anos seguintes, fez parte de exposições coletivas, como Candongas e Corpo Morada. Em 2022, realizou sua primeira exposição individual, Mulheres do Tijolinho.

Este ano, a fotógrafa participou da exposição coletiva Negras Marés, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Kamila afirmou que acredita na potência da rua, na potência das crianças e, também, que a arte transforma vidas. “Assim, transforma diariamente a minha”.

Imagens

O programa Imagens do Povo foi criado pelo Observatório das Favelas em 2004, em parceria com o fotógrafo documentarista João Roberto Ripper, e começou com a proposta de organizar uma turma de fotografia com pessoas de diferentes espaços da favela da Maré. “Esse foi o começo, com a Escola de Fotografia Popular da Maré, em 2004”, informou Érika. Desde então, foram várias turmas da escola, que alia a técnica fotográfica à promoção de direitos e à democratização da comunicação.

No momento, a escola prepara a turma deste ano, que deverá começar as atividades no próximo dia 2. Serão seis meses de duração, com aulas três dias por semana e aos sábados, quizenalmente. A turma terá 40 alunos. O objetivo é criar novas representações sobre os espaços populares, contribuindo para desconstruir estigmas relacionados a esses territórios.

Marca

Érika explicou que a escola tem muito a ver com o método de João Roberto Ripper, que defende a ideia de fotografia compartilhada. “É um método de você pensar o material junto com o retratado”. Na avaliação da coordenadora do programa, as imagens da favela retratadas pela mídia são, em geral, estereotipadas, muito ligadas à violência e à pobreza. “A maioria das pessoas que mora na favela é trabalhador, com o seu dia a dia, que varia desde o trabalho às festas de aniversário, festa junina, Natal, outros assuntos. A escola parte desse ponto de vista, de que cada pessoa tem sua história para contar. Ao longo desses anos, acho que isso é uma marca também do projeto”.

A Escola de Fotografia Popular é voltada para a formação de fotógrafos profissionais. “A gente pode dizer muito tranquilamente que é o único curso com essa intensidade de carga horária, duração, voltada para formação em fotografia e direitos humanos”. O número de fotógrafos formados já chega a 300. Todos já tiveram trabalhos expostos na galeria.

O Programa Imagens do Povo – Exposição Faveladas é apresentado pelo Ministério da Cultura e Observatório de Favelas. Tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, Itaú Unibanco e White Martins, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

Fonte: EBC GERAL

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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