Duas explosões simultâneas mataram 52 pessoas e feriu pelo menos outras 50 nesta sexta-feira (29) no Paquistão . O atentado suicida se deu próximo a uma mesquita onde fiéis homenageavam o profeta Maomé, em uma província próxima à fronteira com o Afeganistão.
O grupo terrorista Tehreek-e-Taliban Paquistão (TTP), conhecido como o “talibã do Paquistão”, emitiu uma declaração distanciando-se dos dois ataques a bomba nas províncias do oeste do Paquistão. Até o momento nenhum outro grupo assumiu a autoria do ataque.
O TTP condenou os dois ataques e classificou a perda de vidas como “trágica”.
“Os objetivos do Tehreek-e-Taliban Paquistão são claros. Mesquitas, seminários, escolas e reuniões públicas não estão entre os nossos alvos. Não temos nada a ver com as duas explosões de hoje e as condenamos veementemente”, dizia a declaração do porta-voz do TTP, Muhammed Khurasani.
“O suicida detonou-se perto do veículo do Vice-Superintendente de Polícia”, disse o Vice-Inspetor Geral de Polícia Munir Ahmed à Reuters.
Uma explosão ocorreu na província de Baluchistão, onde muçulmanos comemoravam o aniversário de Maomé, que é feriado nacional. A outra se deu em Hangu, onde o total de mortos é de 5 pessoas.
“Temos agora cinco vítimas confirmadas, enquanto outros seis gravemente feridos foram transferidos para o hospital”, disse Bilal Faizi, porta-voz do resgate, à Al Jazeera.
Abdul Rasheed, um oficial de saúde do distrito de Baluchistão, disse que o número de mortos pode aumentar, já que muitos dos feridos estão em estado grave. Em Hangu, as buscas nos escombros estão sendo feitas com maquinário pesado.
O Ministro do Interior, Sarfraz Bugti, chamou o ataque de “ato muito hediondo”.