Após a explosão da barragem de Nova Kakhovka, na região de Kherson , cerca de 700 mil pessoas ficaram sem acesso à água potável na Ucrânia , afirmou o sub-secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU) para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
“Mas a verdade é que estamos apenas começando a ver as consequências deste ato”, disse Griffiths em entrevista à agência de notícias Associated Press.
Segundo o sub-secretário da ONU, a Rússia até agora não permitiu que a entidade tivesse acesso à área russa da região para ajudar as vítimas das enchentes.
“O que poderemos ver são essas minas flutuando em lugares onde as pessoas não as esperam”, ameaçando adultos e especialmente crianças, acrescentou Griffiths.
Segundo a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), mais de 25 mil casas foram prejudicadas. Além disso, ainda há muitas pessoas se deslocando da cidade.
Entenda o caso
Na última terça-feira (6), um ataque no sul da Ucrânia rompeu a barragem de Kakhovka, região controlada pela Rússia atualmente. Segundo a União Europeia, a explosão configura crime de guerra.
As enchentes no sul da Ucrânia, desencadeadas pela destruição de uma represa associada a usina hidrelétrica, fizeram com que, inicialmente, 4.300 pessoas foram retiradas da região, segundo as agências russas.
Tanto Kiev quanto Moscou se acusam mutuamente pelo ataque à estrutura, que é considerado um ato de sabotagem durante o conflito.
Segundo informações divulgadas, a Ucrânia alerta que cerca de 42 milhões de pessoas estão diretamente ameaçadas pelas inundações.