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MATO GROSSO

Expedição de MT para Rondônia irá oportunizar troca de experiência para produção com floresta em pé

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A “Expedição Mato Grosso – Rondônia: do cacau ao chocolate e do leite ao café” – irá oportunizar troca de experiências de produção de cacau, leite e café no estado de Rondônia para uma comitiva de 40 pessoas entre agricultores familiares, indígenas, servidores, representante do Consórcio Vale do Juruena e autoridades. A iniciativa faz parte do projeto “Sistemas Agroflorestais manejados participativamente com tecnologias agroecológicas”, realizada pela Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Prefeitura de Aripuanã, e apoiado pelo Programa REM.

A programação conta com apoio do agente de negócios do Senar de Ouro Preto do Oeste, Leandro Ezequiel Oliveira e da Emater-RO (Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia). Em uma semana (14 a 21.05), a expedição passará pelos municípios de Ouro Preto do Oeste, Jaru e Cacoal – visitando diferentes propriedades rurais produtivas.

No percurso, o grupo terá oportunidade de conhecer, por exemplo, um viveiro profissional de produção de mudas de cacau, destacando seleção de material genético clonal, de enxertia, plantio e podas.

No roteiro têm visitas a propriedades rurais tecnificadas com produção de leite e café. Em uma delas, o produtor fabrica iogurte e exporta café.

Os participantes conhecerão a professora aposentada e cacauicultora Maria do Carmo Ferreira, ganhadora do 2º Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Cacau de Rondônia – Concacau, realizado em setembro do ano passado. Ao todo serão visitados seis cacauicultores.

Sobre o projeto

O “Sistemas Agroflorestais manejados participativamente com tecnologias agroecológicas” – está sendo desenvolvido no município de Aripuanã (a 1002 km de Cuiabá) usando Sistemas Agroflorestais (SAFs) em propriedades de agricultura familiar e terras indígenas da Região Noroeste de Mato Grosso.

O responsável pelo projeto, o engenheiro agrônomo Fabrício Tomaz Ramos, explica que o resultado tem garantido uma produção que respeita o meio ambiente, recupera áreas degradadas e, ao mesmo tempo, auxilia na diversificação de renda dos pequenos produtores.

Ele pontua que são seis famílias que participam do projeto e foram contempladas com mudas de cacau plantadas entre as bananeiras Farta velhaco, BRS princesa, e mamão. Além disso, também foram instalados galinheiros agroecológicos, tanques de geomembrana para armazenar água para irrigação e sistema de fertirrigação. As bananas e o mamão já estão produzindo e comercializados na região.

“O foco é colocar o conhecimento em prática, de modo que as famílias que foram selecionadas possam viver da terra. O objetivo é aumentar a produtividade por hectare com redução dos custos de produção, e aumentar o estoque de carbono no solo e nas plantas, bem como reduzir o uso da enxada com tecnologia, de modo a evitar o trabalho penoso no sol quente, e convencer a juventude rural (agricultores do futuro) que é possível gerar uma renda superior no campo do que na cidade”.

O projeto visa transformar essas propriedades em “Unidades Demonstrativas e Multiplicadoras” de tecnologias agroecológicas e modelo de assistência técnica e extensão rural.

Programa REM

O Programa REM MT (REDD Ealy Movers Mato Grosso) é uma premiação dos governos da Alemanha e do Reino Unido, por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KFW), ao estado do Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento nos últimos anos (2006-2015).

Coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, o programa beneficia aqueles que contribuem com ações de conservação da floresta, como os agricultores familiares, as comunidades tradicionais e os povos indígenas, e fomenta iniciativas que estimulam a agricultura de baixo carbono e a redução do desmatamento, a fim de reduzir emissões de CO2 no planeta. O programa tem como gestor financeiro o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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