O ex-presidente uruguaio José Mujica, de 88 anos, anunciou nesta segunda-feira (29) que foi diagnosticado com um tumor de esôfago e que sua saúde “está muito comprometida”. A informação foi divulgada por Pepe em uma coletiva de imprensa.
“Meu caso é duplamente complexo porque sofro de uma doença imunológica há mais de 20 anos, que afetou, entre outras coisas, meus rins, o que dificulta quimioterapia e cirurgia. Tudo está sendo avaliado.”
O político relatou que descobriu a doença em um exame de rotina na última sexta-feira (26), afirmou que vai seguir em atividade e deixou uma mensagem de otimismo.
“Vou continuar militando com meus companheiros, fiel à minha forma de pensar, com minhas verduras e com minhas galinhas. Quero dizer às meninas e aos meninos do nosso país que a vida é linda, mas se desgasta. A questão é recomeçar a cada vez que cair e, se houver raiva, transformá-la em esperança.”, disse Mujica, que comandou o Executivo do país de 2010 a 2015.
O ex-presidente não evitou falar em morte: “É preciso morrer. Pertencemos ao mundo dos vivos, nascemos destinados a morrer. Por isso a vida é uma aventura maravilhosa. Mais de uma vez na minha vida a morte rondou a cama, desta vez parece que vem com a foice em punho. Vamos ver o que acontece.”
Ele ficou conhecido por sua postura e a vida simples.
Durante sua juventude, ele fez parte da guerrilha dos Tupamaros, que lutava contra a ditadura militar no Uruguai, o que lhe rendeu uma pena de 13 anos de prisão, sendo libertado somente depois do fim do regime.
Após deixar a presidência, exerceu o cargo de senador até 2020, renunciando durante a pandemia por causa de sua doença imunológica, a Síndrome de Strauss.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.