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Ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico, Vera Ramos adverte para riscos do PPCub

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Ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico, Vera Ramos adverte para riscos do PPCub
Redação GPS

Ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico, Vera Ramos adverte para riscos do PPCub

No dia 4 de abril deste ano, a Câmara Legislativa (CLDF) organizou o primeiro debate sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) . Na ocasião, a arquiteta e urbanista Vera Ramos, ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do DF (IHG-DF), foi a primeira a falar e chamou a atenção para que a “preservação” fosse o item principal do texto, alertando para o fato de o projeto ter um cunho “mais de desenvolvimento urbano do que de preservação” .

Pouco mais de dois meses se passaram daquele encontro e Vera Ramos aumentou o tom das críticas em entrevista ao GPS Brasília. Para ela, o projeto tem uma longa lista de problemas. “O PPCub tem sido um projeto tumultuado desde o início. O plano atual não é de preservação, mas de desenvolvimento, que vai descaracterizar o conjunto urbanístico” , dispara Vera Ramos, que tem longo histórico de participação em órgãos públicos, como o GDF, o Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a administração do Plano Piloto e promotorias do Ministério Público do DF como a Prodema (Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural) e a Prourb (Ordem Urbanística).

“A preservação é um ato de respeito ao passado. Ninguém quer impedir um olhar para o futuro, nem congelar a cidade. É preciso, de fato, complementar e atualizar o ordenamento urbanístico da cidade, mas seguindo a lógica de que estamos em uma cidade-parque. O que estamos vendo, porém, é a criação de parcelamentos em áreas verdes e livres, propostas vagas de intervenções futuras e falta de transparência. O debate não está maduro, pois a sociedade não conhece e não compreende o PPCub. E pergunto: a quem interessa esta correria para aprovar o plano?” , complementa.

O alerta vai ao encontro do que ela afirmou na primeira audiência pública sobre o tema. “É preciso consultar a comunidade, que teria de participar do processo, o que não ocorreu” , reforça. “Com essa ausência, a qualidade de vida vai ser deteriorada. Até porque não informaram à população que o PPCub vai além do conjunto de normas, com a previsão de criação de áreas futuras, com regramento ainda a ser criado” , enfatiza.

“Os deputados distritais estão assinando cheques em branco. Repito a pergunta: por que a pressa? Por que a falta de transparência? A quem interessa esse movimento?” , questiona Vera Ramos.

Na sua lista de problemas, durante a conversa com o GPS Brasília , ela reforça a opinião de outros urbanistas, como Frederico Flósculo, que dizem que o título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) .

“Este PPCub não atende à Unesco, por não ter havido participação da comunidade e entidades. Falta um comitê gestor e sobram poderes nas mãos da Seduh (Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF)” , critica.

Além das críticas comumente apontadas, como a elevação de gabaritos nos setores hoteleiros, a criação de áreas de camping na Asa Sul e de lotes residenciais no lado oeste do Eixo Monumental , Vera Ramos aponta outro risco: a quebra da unidade de vizinhança existente no Plano Piloto.

“Os conselhos comunitários e as prefeituras de quadra deveriam ter sido consultadas, o que não ocorreu. A Seduh lançou conceitos que podem não agradar à comunidade, como a cessão de lotes previstos inicialmente para abrigar serviços públicos, como escolas e agências dos correios, para a exploração por particulares. Isso foi permitido pelo governo Roriz e muitas áreas acabaram virando templos e academias. Como a fiscalização não funciona, corre-se o risco de trazer incômodo para a população, quebrando a unidade de vizinhança” , aponta.

Outro ponto que a urbanista e arquiteta destaca é a criação de área de gestão específica , categoria antes reservada apenas à Universidade de Brasília e ao Setor Militar Urbano, no Polo 7 do trecho 3 do Setor de Clubes Esportivos Sul. “Isso me causou espanto” , define.

“Brasília é uma cidade única, que tem de ter instrumentos próprios para um plano de preservação. Você pode intervir, mas precisa respeitar os conceitos da cidade. Temos de ser tão competentes como os pioneiros dos anos de 1950 foram. A correção dos problemas e desvirtuamentos do plano original não está ocorrendo e o PPCub, que deveria nortear e estabelecer limites para preservação, não está cumprindo seu papel” , reforça.

Para Vera Ramos, só há uma saída. “O urbanismo de Brasília é ético, pois o interesse público prevalece sobre o privado. Com adensamento e criação de lotes, esta lógica fica inviabilizada. A Câmara Legislativa tem a obrigação de não aprovar o PPCub da forma como está, após o governo da vez ter a ousadia de propor uma lei que não preserva e que ameaça o cinturão verde de Brasília em vários de seus setores” , conclui.

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Fonte: Nacional

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Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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