Na corrida presidencial argentina, o candidato Javier Gerardo Milei surpreendeu ao emitir um DNU (Decreto de Necessidade e Urgência) com o intuito de desregular a economia do país, o que gerou críticas por parte do ex-presidente argentino, Alberto Fernandez.
O DNU, que impacta mais de 350 normas na legislação argentina, está programado para entrar em vigor imediatamente após sua publicação no Diário Oficial, prevista para esta quinta-feira (21).
Fernandez expressou preocupação com as possíveis consequências econômicas e sociais do decreto. Por meio de suas redes sociais, o ex-presidente alertou para riscos como a precarização dos sistemas de saúde e trabalho, além de possíveis impactos nos direitos dos cidadãos.
“Nosso país assiste a um evento de extrema gravidade institucional nunca antes visto. O Poder Executivo, num ato de claro abuso de poder, avançou sobre as atribuições exclusivas do Poder Legislativo”, declarou.
“É evidente que o Presidente Javier Milei golpeou o sistema republicano de governo e adotou medidas em detrimento da indústria nacional, dos bens e recursos do Estado e dos direitos dos trabalhadores”, completou.
Constitucionalistas consultados pelo jornal argentino La Nacion levantaram dúvidas sobre a legalidade do DNU, sugerindo que Milei pode ter ultrapassado seus poderes, invadindo as competências do Congresso.
O ex-presidente apelou aos canais legais e institucionais previstos na Constituição Nacional para resolver os problemas enfrentados pelo país.
A controvérsia em torno do decreto emitido por Milei reflete as divergências políticas e econômicas que marcam o cenário argentino, destacando a polarização de opiniões sobre as medidas necessárias para impulsionar a economia e enfrentar os desafios sociais.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.