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Política Nacional

Ex-ministro de Bolsonaro contará outra história sobre joias a Michelle

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 Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia governo Jair Bolsonaro está envolvido no caso das joias milionárias de Michelle Bolsonaro
Reprodução

Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia governo Jair Bolsonaro está envolvido no caso das joias milionárias de Michelle Bolsonaro


O ex-ministro de Minas e Energia , Bento Albuquerque , vai mudar versão sobre as joias de diamantes dadas pelo regime da Arábia Saudita para o governo Jair Bolsonaro (PL-RJ). O antigo funcionário da gestão bolsonarista explicará porque guardou durante sete meses um kit com itens valiosos.

Inicialmente, ele prestaria depoimento para a Polícia Federal nesta quinta-feira (9), mas foi adiado para a próxima terça (14) a pedido da defesa do ex-ministro. Segundo a coluna da Bela Megale, do jornal O Globo,  Albuquerque falará que esperava o desfecho sobre a apreensão das joias de diamantes destinadas para Michelle Bolsonaro e que foram confiscadas pela Receita Federal de São Paulo.

A comitiva do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou da Arábia Saudita com dois pacotes com presentes e uma escultura dados pelo governo saudista em outubro de 2021. Uma caixa de relógio e outros itens de valor foram entregues ao antigo mandatário do Brasil em novembro do ano passado, quando o ministro de Minas e Energia era Adolfo Sachsida.

Bento dirá que, se tivesse recebido o colar de diamantes, seguiria os protocolos para que o bem fosse anexado ao acervo do estado brasileiro. No entanto, ele ainda não sabe como explicará o fato da sua comitiva ter omitido para a Receita Federal o segundo pacote que entrou no Brasil e que hoje está com Bolsonaro.

Versão inicial de Albuquerque

O ex-ministro disse para os fiscais da Receita que as  peças de diamantes eram da ex-primeira-dama. Na nova versão, ele dirá que a frase foi usada de forma genérica e que as joias eram um presente para o governo brasileiro.

Ele também dirá que só soube que a peça era feminina quando o pacote foi aberto pela fiscalização do aeroporto e que por isso deduziu que era para Michelle. “Isso tudo vai entrar lá para a primeira-dama”, chegou a dizer Albuquerque em vídeo divulgado pelo Jornal Nacional na última quarta (8).

A defesa do ex-ministro usará o vídeo para anexar na ação. Os advogados acreditam que as imagens são positivas para Albuquerque, porque mostram um comportamento de colaboração por parte dele.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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