Primeira mulher a assumir o Palácio do Buriti, a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia completará 80 anos nesta semana e fará a comemoração durante uma missa de Ação de Graças no Santuário Dom Bosco, localizado no início da W3 Sul. A cerimônia está marcada para o dia oficial do aniversário, 14 de agosto (quarta-feira), a partir das 19h30.
“Nesse dia especial, vamos comemorar com o coração cheio de gratidão e amor, celebrando as bênçãos de Deus, que possamos continuar caminhando juntos”, registra a política no convite.
Formada em Serviço Social pela Universidade de Brasília (UnB), Abadia iniciou sua trajetória profissional na Comissão de Erradicação de Invasões (CEI), em 1971 e, logo após, foi convidada pelo então governador Elmo Serejo Farias para assumir a administração da recém-criada Ceilândia.
Abadia se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de administradora da região administrativa e permaneceu na função por 14 anos, durante os governos de Aimé Lamaison, José Ornellas e José Aparecido de Oliveira. A principal arena da região, o Estádio Abadião, foi batizado em sua homenagem.
Trajetória política
Filha de um jardineiro da Novacap e de uma dona de casa, Maria de Lourdes Abadia nasceu em 14 de agosto de 1944 na pequena cidade de Bela Vista de Goiás. Migrou para Brasília com os pais e acompanhou a inauguração da capital federal até ingressar na trajetória política.
Em 1986, foi eleita deputada federal pelo hoje extinto PFL uma das mais votadas, nas primeiras eleições do Distrito Federal e foi uma das responsáveis pela elaboração da Constituição Brasileira de 1988.
Em 1990, Abadia foi eleita deputada distrital, sendo parte da primeira legislatura da Câmara Legislativa ( CLDF ). Quatro anos depois, em 1994, foi a primeira mulher a disputar o governo do Distrito Federal e, embora não tenha vencido, foi convidada a assumir a Secretaria de Turismo durante o governo de Cristovam Buarque (então PT, hoje Cidadania).
Em 1998, Abadia voltou à Câmara dos Deputados como deputada federal pelo PSDB. Em 2002, foi eleita vice-governadora na chapa de Joaquim Roriz (então MDB), e em 2006, com a desincompatibilização do titular, que concorreu ao Senado Federal, assumiu a principal cadeira do Palácio do Buriti.
Após uma tentativa frustrada de eleição para o Senado em 2010, quando foi cassada, e nova candidatura à Câmara dos Deputados em 2014, sem sucesso, Abadia foi convidada pelo ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), em 2017, para comandar a Secretaria de Projetos Estratégicos do Distrito Federal.
Em 2018, decidiu se desfiliar do PSDB, partido que ajudou a fundar em 1988, e migrou ao PSB para disputar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, mas não obteve êxito.
Em 2022, tentou mais uma vez retornar à vida política como candidata a deputada distrital, mas novamente não conseguiu se eleger pelo partido União Brasil.
Durante uma entrevista do GPS|Brasilia , em abril de 2023, a ex-governadora afirmou que não acreditava concorrer de novo a algum cargo eletivo.
“Os piores momentos foram quando eu não fui eleita. É muito ruim perder. Doeu. Mas acho que a população achou alguém melhor que eu“, disse.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.