O general Marco Antônio Amaro pode voltar ao comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após a demissão do general Gonçalves Dias, acusado de ser conivente com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Se confirmado, essa será a segunda vez que Amaro ocupará o cargo.
Na visão da cúpula política aliada à Lula, Amaro é um homem de confiança. Os aliados do Planalto ainda acreditam que o general poderá dar sequência ao trabalho do secretário-executivo da pasta, Ricardo Capelli, e agilizar a saída de bolsonaristas do GSI.
Uma primeira reunião entre Amaro e Lula foi realizada na última quinta-feira (20), antes da partida do petista a Portugal. A conversa teria sido satisfatória, mas a decisão do chefe do Planalto ficará para o fim da semana, quando retornará ao Brasil após a viagem à Europa.
Amaro foi chefe do GSI durante o governo de Dilma Rousseff. Ele foi nomeado em janeiro de 2015 e deixou o cargo quando a ex-presidente sofreu o impeachment, em 2016.
Antes, o general ainda foi responsável direto pela segurança de Dilma. Em 2019, ele assumiu a chefia do Comando Militar do Sudeste.
Demissão de Gonçalves Dias
O general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo de ministro do GSI após as suspeitas de conivência com os golpistas nos ataques ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro. Dias foi o primeiro ministro que cai no terceiro governo de Lula.
O pedido foi entregue diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em reunião no Palácio do Planalto. A demissão ocorre após imagens de câmera de segurança que mostram Gonçalves Dias no Palácio do Planalto durante os ataques.
Nesta quarta, foram divulgadas imagens que mostram o ex-ministro no Palácio do Planalto no dia dos ataques em Brasília. Em um trecho da gravação, obtida pela CNN Brasil, é possível ver Dias orientando os responsáveis pelos atos a deixar o Planalto.
Segundo as filmagens, às 16h29, Gonçalves Dias andava pelo terceiro andar do Palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Ele tenta abrir duas portas e depois entra no local.
Minutos depois, o general aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns dos responsáveis pelos atos. As gravações sugerem, conforme a CNN, que ele indicava a saída de emergência ao grupo.
Após a saída de GDias, o ex-interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, assumiu a pasta interinamente.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.